Topo

Bolsonaro se solidariza com vítimas de Campinas e diz acompanhar apuração

Do UOL, em São Paulo

11/12/2018 20h41

O presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), afirmou na noite desta terça-feira (11) estar acompanhando a apuração do ataque a tiros ocorrido à tarde dentro da Catedral Metropolitana de Campinas, a 100 km de São Paulo. Um homem matou quatro pessoas, deixou outras quatro feridas e depois se suicidou.

Por meio de sua conta no Twitter, Bolsonaro chamou o ataque de "crime bárbaro" e expressou solidariedade às vítimas e aos familiares. 

O homem identificado pela polícia como Euler Fernando Grandolpho, 49, fez vários disparos dentro da igreja no final de uma missa, matando três homens e uma mulher, segundo informações da Polícia Militar. Policiais entraram na igreja e conseguiram atingir o atirador, que caiu no chão e se matou.

O atual presidente do Brasil, Michel Temer, também se pronunciou sobre o crime mais cedo. Por meio de seu Twitter, Temer se disse "profundamente abalado com a notícia" do crime. "Apresento minhas condolências aos familiares das vítimas. E rezo para que os feridos tenham rápida recuperação", publicou o presidente.

 

Entenda como foi o ataque

Imagens de uma câmera interna da catedral (assista no vídeo acima) mostram que o atirador estava sentado em um banco próximo aos fundos da igreja. Ele se levanta e atira em pelo menos três pessoas atrás dele. Duas delas permanecem caídas enquanto uma outra se levanta, cambaleante, e vai em direção à porta. Enquanto isso, um grupo de pessoas que estava do lado oposto da igreja também vai em direção à porta. O homem então passa a atirar em direção a elas.

Uma pessoa que estava no centro da catedral fica no chão. O homem então vai até o corredor, atira em direção à saída da igreja e caminha até ela. Ele recarrega a arma e, enquanto isso, uma mulher escondida entre os bancos se levanta e consegue escapar. O atirador caminha em direção ao altar e sai do campo de visão da câmera. As próximas imagens mostram dois policiais entrando na igreja.

De acordo com a PM, enquanto atirava, Euler Fernando Grandolpho foi atingido por um disparo efetuado por policiais e, ferido, se suicidou --o que, na avaliação da corporação, impediu que o homem continuasse atirando contra quem estava dentro da igreja. 

11.dez.2018 - Fotos circulam nas redes sociais mostrando que o atirador seria um homem entre 40 e 50 anos, de cabelos curtos, com bermuda jeans, camiseta azul e óculos de sol. Ele se suicidou após matar e ferir fiéis na Catedral Metropolitana de Campinas - Reprodução - 11.dez.2018 - Reprodução - 11.dez.2018
Imagem: Reprodução - 11.dez.2018
Ao lado do corpo, a PM apreendeu duas armas: um revólver calibre 38 e uma pistola. Os documentos de Grandolpho foram encontrados em uma mochila abandonada dentro da igreja. Segundo imagens, ele tinha cabelos curtos, trajava bermuda jeans, camiseta azul e óculos de sol. 

Não há ainda informações sobre a motivação para o crime. Grandolpho não tinha antecedentes criminais, segundo a polícia.

A catedral fica na principal área comercial da cidade, próxima à rua Treze de Maio. Em frente à catedral, o major Paulo Monteiro, do Corpo de Bombeiros, declarou que a principal preocupação agora é o atendimento aos sobreviventes. "Pelo horário, havia um fluxo de pessoas, tinha bastante gente na igreja. Os socorros já foram feitos, e os óbitos, detectados", disse o major.

A Prefeitura de Campinas decretou luto oficial de três dias na cidade.

Aliado de Bolsonaro critica desarmamento

O deputado federal e senador eleito por São Paulo Major Olímpio (PSL) classificou o ataque como uma tragédia, mas questionou se as armas utilizadas no crime estavam em situação legal e se o atirador possuía porte de arma.

"É uma tragédia. Mas a arma dele lá era legal? Ele tinha porte de arma? As armas envolvidas em crimes quase que em sua totalidade são ilegais. O que aconteceu com o Estatuto do Desarmamento é que ele foi uma farsa. Se disse que retirando a condição da legítima defesa do cidadão se proporcionaria um equilíbrio na sociedade. De forma nenhuma. O que se fez foi um empoderamento dos criminosos", afirmou.