Temperaturas despencam mais de 10ºC em 48h em SP e PR; calor volta na 5ª
Moradores das regiões Sul e Sudeste viram os termômetros despencar em um intervalo de apenas 48h. Em São Paulo e Curitiba, por exemplo, a diferença foi superior a 10ºC, segundo dados da Somar Meteorologia, entre as temperaturas máximas registradas no sábado (2) e na segunda-feira (4). O avanço de uma frente fria com chuvas fortes é responsável pelas temperaturas amenas que devem continuar até esta quarta-feira (6).
No último sábado, os paulistas viveram o dia mais quente de 2019, quando a máxima chegou a 35,7ºC, segundo a Somar. Dois dias depois, a cidade teve chuva durante praticamente todo o dia e a temperatura máxima ficou em 24ºC, 11,7ºC a menos, média que não vai subir muito nesta terça-feira, quando a temperatura pode variar entre 18ºC e 26ºC.
Segundo o instituto, São Paulo teve 113 mm de chuva apenas nos últimos dois dias, quase 46% do esperado para o mês todo (a média histórica em todo o mês de fevereiro é de 246 mm, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia [Inmet]). O mau tempo provocou alagamentos em várias regiões da capital e 202 quilômetros de congestionamento no período da manhã de segunda-feira, bem acima da média que costuma oscilar entre 79 e 121 quilômetros, de acordo com a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego).
Muita chuva também no Rio de Janeiro, com 175,4 milímetros acumulados na estação de São Conrado em 24h. Segundo o Inmet, o Rio de Janeiro costuma ter médias de 130 mm de chuva em fevereiro. O mau tempo causou a queda de um muro, que matou uma mulher em São João do Meriti na segunda-feira.
Acostumados às sensações térmicas de mais 40ºC de janeiro, os cariocas se surpreenderam com os termômetros marcando 29,4ºC na segunda-feira, também a tarde mais fresca do ano, bem diferente do último sábado, quando a máxima chegou a 36,1ºC. Nesta terça-feira, a previsão é de mínima de 23ºC e máxima de 28ºC.
Outra capital do Sudeste também teve queda, mas menos relevante. Em Belo Horizonte, domingo (3) foi o dia mais quente do ano, com 34,4ºC, e a máxima baixou para 29,8ºC no dia seguinte.
O Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais) registrou 29 mm de chuvas nas últimas 24h na capital mineira (a média em todo o mês é de 181 mm) e 65 mm nas últimas 48h em Brumadinho, onde bombeiros ainda seguem com as operações de buscas após o rompimento da barragem da Vale. O mau tempo, inclusive, chegou a interromper as buscas por vítimas na manhã de segunda.
A redução brusca do calor ainda foi sentida no Sul do país, mesmo com menos precipitações do que no Sudeste. Em Curitiba, a máxima baixou de 33,6ºC no sábado para 19,5ºC na segunda-feira, 14,1ºC a menos. Em Porto Alegre, caiu de 36ºC em 1º de fevereiro para 25,6ºC dois dias depois, uma queda de 10,4ºC. Até quarta-feira, o termômetro não ultrapassa 25ºC na capital paranaense e 30ºC na gaúcha.
Calor volta na quinta-feira
As temperaturas caíram, segundo a meteorologista Amanda Souza, por causa da passagem da frente fria, que provocou chuvas e possibilitou o avanço de uma massa de ar frio. Mas para quem está gostando do frescor, ele não vai durar muito.
"Até o final da semana, já temos a expectativa de temperaturas subindo, porque a frente fria já foi embora. Aos poucos, o tempo vai abrindo. Com o predomínio do sol, a temperatura volta a subir", explicou.
A meteorologista também adianta que o mês de fevereiro deve ter uma média de temperatura mais baixa do que janero, que foi o mês mais quente dos últimos 97 anos no Rio de Janeiro (média de 37,6ºC) e o segundo dos últimos 76 anos em São Paulo (média de 31,8ºC).
"A gente tem uma expectativa de mais chuvas, as frentes frias vão subir com mais frequência. Volta a fazer calor sim, ainda devem ter temperaturas acima dos 30ºC, mas não tão extremas quanto em janeiro", disse Amanda.
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