Zema chama Brumadinho de 'incidente' e diz que Vale 'reconheceu o erro'
Durante encontro com 35 dos 53 deputados federais de Minas Gerais hoje, o governador mineiro, Romeu Zema (Novo), chamou de "incidente" o rompimento da barragem da Vale que matou ao menos 165 pessoas em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.
Momentos depois de congressistas defenderem punição rigorosa à mineradora, Zema interveio:
"Não tem faltado, por parte da empresa (Vale), neste momento assumir esse compromisso. Parece que desta vez eles (Vale) reconheceram o erro, apesar do incidente", disse.
Zema disse aos deputados que a Vale tem concedido tudo que é pedido pelos Bombeiros, Polícia Militar e famílias dos atingidos após o desastre. Disse que não estava "defendendo ninguém", mas "relatando fatos que qualquer um pode ir lá em Brumadinho e checar in loco".
Críticas ao MP
Zema ainda criticou o Ministério Público (MP) por pedir auxílio financeiro imediato para vítimas da tragédia.
"A Promotoria Pública tem de certa maneira forçado a Vale a ficar pagando uma bolsa auxílio, o que parece não fazer sentido", disse.
A proposta do MP prevê a assinatura de um TAP (Termo de Ajuste Preliminar) entre vítimas e mineradora, com o pagamento mensal emergencial pela Vale a todas as pessoas atingidas. Pelos termos seria um salário-mínimo por pessoa adulta; meio salário-mínimo por adolescente; um quarto de salário-mínimo por criança; e o valor referente a uma cesta básica por núcleo familiar.
Zema defende um pagamento definitivo de indenização, em vez da doação emergencial. "Se cada família receber de R$ 1 milhão a R$ 2 milhões, teria condição de fazer um investimento e já ia ajudar a economia local a se recompor", afirmou Zema.
"Minha preocupação é que as vítimas sejam ressarcidas o quanto antes, porque na cabeça de muitas pessoas acaba acontecendo aquilo, eu prefiro ficar recebendo um salário mínimo por mês do que fazer um acordo e cessar esse salário mínimo. Mas o Ministério Público tem rumado neste sentido", disse.
Zema também isentou o estado de responsabilidade na tragédia, afirmando que coube à Secretaria do Meio Ambiente a concessão de licença, mas que os critérios de exploração e a fiscalização são responsabilidade da ANM (Agência Nacional de Mineração).
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