Líder do Comando Vermelho é preso em apartamento de luxo à beira-mar na PB
Um dos líderes do Comando Vermelho, Luiz Claudio Sant'anna, 57, conhecido como Lico, foi preso em um apartamento de luxo, na praia de Tambaú, em João Pessoa (PB), na tarde de hoje. Segundo investigadores que efetuaram a prisão, Lico tem 42 anotações criminais na polícia, acusado de tráfico de drogas, roubos e homicídios.
De acordo com a polícia, apesar de morar em João Pessoa, Lico comandava a venda de drogas no Complexo de favelas do Viradouro, em Niterói (RJ).
A prisão dele ocorreu em uma operação em conjunto entre as polícias Civil da Paraíba e do Rio de Janeiro. A polícia informou que ele não reagiu à ordem de prisão. Lico estava vestindo bermuda e sem camisa, com várias tatuagens à mostra.
Lico morava à beira-mar, em uma das áreas mais valorizadas da capital paraibana, e ocupava seu tempo pintando quadros a óleo. A polícia não informou há quanto tempo o traficante estava na Paraíba.
A dedicação à arte era tamanha, que Lico participava de exposições artísticas e vendia seus quadros na feirinha de Tambaú, um dos pontos turísticos de João Pessoa. Ele assinava as telas com o nome artístico de Luiz Águia.
Segundo a polícia, Lico vivia tranquilamente em João Pessoa, sem que vizinhos notassem que ele era líder de uma facção criminosa. Ele fazia passeios pelo litoral e costumava caminhar na orla.
A polícia não informou onde Lico ficará detido antes de ser transferido para o Rio de Janeiro e nem o dia em que o comboio seguirá de avião levando o traficante.
Fuga pela porta da frente de hospital
Lico foi condenado a mais de 141 anos de prisão pela morte do traficante José Carlos Gregório, o Gordo, um dos fundadores do Comando Vermelho, e também por tráfico de drogas. Ele é apontado como chefe do tráfico de Niterói e é considerado de alta periculosidade, segundo a polícia.
O traficante fugiu pela porta da frente do hospital Espanhol, localizado no centro do Rio de Janeiro, em 2011. Ele estava internado em um quarto individual depois de se submeter a uma cirurgia de joelho, que foi autorizada pela Justiça para ser realizada em um hospital particular porque o hospital penitenciário do Rio de Janeiro não tinha suporte para o procedimento. Entretanto, o traficante não estava com escolta e quando recebeu alta, saiu pela porta da frente do hospital e ficou foragido até hoje.
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