Tribunal suspende transferência de Bruno para presídio de segurança máxima

A transferência do ex-goleiro Bruno Fernandes de Souza para um presídio de segurança máxima foi suspensa. Uma liminar concedida pelo desembargador Fausto de Castro, do TJ-MG (Tribunal de Justiça de Minas Gerais, na noite de ontem, determinou que o ex-goleiro continue internado na Apac (Associação de Proteção e Assistência ao Condenado) de Varginha (MG), até que a corte julgue o mérito da transferência.
A decisão foi tomada um dia após ser tornada pública a decisão da Vara de Execuções de Varginha de determinar que Bruno fosse transferido para o presídio de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, região metropolitana de Belo Horizonte, após cometer uma "falta grave".
A punição foi tomada após o ex-goleiro ter utilizado um telefone celular para marcar encontros com duas mulheres nas dependências da Apac durante a realização de trabalho externo. O encontro de Bruno ocorreu em outubro do ano passado, foi registrado por câmeras e teve ampla repercussão na época. Em dezembro, o Conselho Disciplinar da Apac de Varginha inocentou o goleiro, mas o juiz da 1ª Vara Criminal e de Execuções Penais de Varginha, Tarcísio Moreira de Souza, reviu o caso em fevereiro deste ano e identificou que houve "falta disciplinar grave" do ex-goleiro.
A reportagem do UOL não conseguiu contato com a defesa do ex-goleiro na manhã de hoje para comentar a decisão.
Bruno foi condenado, em 2013, pelo homicídio triplamente qualificado da ex-modelo Eliza Samudio, que desapareceu em 2010 e nunca teve o corpo encontrado. Ele ainda foi considerado culpado por ocultação do cadáver, sequestro e cárcere privado do filho deles, e que não era reconhecido pelo ex-jogador.
Em 2017, chegou a ser solto por uma liminar do STF (Superior Tribunal Federal) e voltou a jogar futebol, atuando no Boa Esporte (time que hoje está na terceira divisão do Campeonato Brasileiro), mas depois teve a medida revogada e um pedido de habeas corpus negado. Em abril de 2017, Bruno se apresentou à polícia em Varginha, onde foi preso e levado para o presídio da cidade. Em junho de 2018, ele passou a trabalhar na Apac de Varginha, após decisão da Vara Criminal e de Execuções Penais. Desde então, cumpre pena e trabalha na unidade prisional.
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