Metroviários discutem se farão greve nesta terça em São Paulo
Os funcionários do Metrô de São Paulo avaliam hoje em assembleia marcada para as 18h30 se farão greve nesta terça-feira (30).
Se aprovada, a paralisação deve comprometer o funcionamento das linhas 1-Azul, 2-Verde, 3-Vermelha e 15-Prata a partir da meia-noite de hoje. As linhas 4-Amarela e 5-Lilás são operadas pela iniciativa privada e, por isso, não devem ser afetadas.
Desde o começo do mês, funcionários usam coletes vermelhos nos trens e nas estações reivindicando aumento salarial. O Metrô ofereceu apenas a reposição da inflação nos salários e nos vales-alimentação e refeição, e o sindicato diz que isso não representa aumento salarial real. Além da inflação, a entidade pede mais 19,1% de gratificação.
O Sindicato dos Metroviários de São Paulo também quer que a companhia:
- equipare salários entre trabalhadores que exerçam a mesma função;
- continue custeando 84% do plano de saúde (a empresa não quer renovar o acordo nessa porcentagem);
- aceite negociar o valor que será pago este ano de participação nos resultados.
Segundo o coordenador-geral do sindicato, Wagner Fajardo, ao contrário de anos anteriores, o Metrô não quer fixar no acordo coletivo deste ano o valor a ser pago de participação nos resultados. "Todo ano, nessa época, a gente fica sabendo quanto vai ser pago, e, neste ano, eles se negaram a fazer essa negociação", explica.
Os sindicatos dos metroviários e dos engenheiros do estado esperam novas propostas do Metrô antes de decidir se entrarão em greve.
Na última sexta-feira, o Metrô entrou com liminar no TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região) contra a greve e pela garantia do transporte aos passageiros. Por dia, o sistema de metrô de São Paulo transporta cerca de 4,5 milhões de pessoas.
Fajardo afirma que o sindicato ainda não foi notificado pelo TRT.
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