Profissionais do Mais Médicos marcam greve para 8 de maio em São Paulo
Cerca de 50 profissionais do programa Mais Médicos que trabalham em UBSs (Unidades Básicas de Saúde) na cidade de São Paulo ameaçam parar as atividades a partir da próxima quarta-feira (8). Eles alegam que os contratos com a prefeitura, que vencem em junho e agosto, não foram renovados. Os profissionais estimam que cerca de 200 mil pessoas podem ser afetadas e afirmam que, ao procurar a Prefeitura de São Paulo, não conseguiram "nenhuma resposta concreta".
Em nota, a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo afirma que recebeu com surpresa o anúncio de paralisação e que "considera uma irresponsabilidade penalizar a população com uma greve pela renovação de contratos que se encontram em plena vigência". Segundo a pasta, está prevista uma reunião na próxima terça para tratar do assunto.
O presidente do Simesp (Sindicato dos Médicos de São Paulo), Eder Gatti Fernandes, critica o vínculo de trabalho e afirma que, caso os contratos não sejam renovados, os moradores das periferias serão os mais prejudicados.
"A Lei do Mais Médicos permite contratações precárias e dificulta o acesso à Justiça do Trabalho. Em contrapartida, os médicos que participam do programa realizam mensalmente 20 mil atendimentos diversos e a população não pode arcar com o ônus de não ter esses profissionais e ficar desassistida", disse.
Segundo o sindicato, os médicos atendem em áreas como ginecologia, pediatria, saúde do idoso e saúde do homem. Também são feitos grupos de saúde, visitas às casas dos pacientes e procedimentos ginecológicos.
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