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Greve em SP paralisa parte do metrô; ônibus e trens circulam normalmente

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

14/06/2019 06h20Atualizada em 14/06/2019 13h32

O sistema de transporte público na capital paulista opera parcialmente na manhã de hoje. Parte dos trabalhadores do setor aderiu a uma greve contra a reforma da Previdência. O mais afetado é o metrô, que tem estações fechadas, mas as que estão na região central operam. Ônibus e trens funcionam normalmente. Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o trânsito na cidade está dentro da média nesta manhã.

O rodízio municipal de veículos foi mantido, segundo a prefeitura. Os horários de restrição no centro expandido são das 7h às 10h e das 17h às 20h. Hoje, a restrição é para os veículos com placa final nove ou zero.

Greve complicou deslocamento de parte da população nesta manhã

Band Notí­cias

Metrô e CPTM

No Metrô, as linhas 1-azul, 2-verde e 3-vermelha, que amanheceram paralisadas, começaram a operar parcialmente pouco antes das 6h. Algumas estações dessas linhas, porém, permanecem fechadas.

Essas linhas operam nos seguintes trechos:

  • Linha 1-azul: entre Saúde e Luz
  • Linha 2-verde: entre Vila Madalena e Alto do Ipiranga
  • Linha 3-vermelha: entre Marechal Deodoro e Penha

A 15-prata, do monotrilho, permanece parada, segundo o Metrô.

As linhas 4-amarela e 5-lilás, operadas pela iniciativa privada, operam normalmente.

As linhas da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) funcionam normalmente. No início do dia, a estação Itaquera, que atende tanto CPTM quanto metrô, ficou fechada para os dois modais. Desde as 7h, a estação opera para trens. O metrô permanece fechado.

Passageiros em Itaquera se aglomeram à espera da liberação do acesso ao trem - Wanderley Preite Sobrinho/UOL - Wanderley Preite Sobrinho/UOL
Passageiros em Itaquera se aglomeram à espera da liberação do acesso ao metrô
Imagem: Wanderley Preite Sobrinho/UOL

Ônibus

O sistema de ônibus municipais na cidade de São Paulo funciona normalmente. Segundo a SPTrans, que administra o setor, os 29 terminais da capital estão operando normalmente.

Às 7h, 100% das linhas, com 100% da frota, estavam em funcionamento.

Em razão de paralisação no metrô, algumas linhas foram prolongadas. São os casos da 1722/10 (Jardim Marina/Metrô Tucuruvi), da 178Y/10 (Vila Amélia/Metrô Jardim São Paulo), da 2023/10 (Metrô Tucuruvi/Cachoeira) e da 1767/10 (Metrô Tucuruvi/Pq. Edu Chaves), que hoje vão até o terminal Santana.

Na zona leste, houve reforço de 20 veículos na frota da linha 4310/10 (Metrô Itaquera/Term. Pq D. Pedro II). As linhas 407P/10 (Term. Cidade Tiradentes/Metrô Tatuapé) e 3539/10 (Cidade Tiradentes/Metrô Bresser) também foram reforçadas.

Três linhas foram criadas para o dia de hoje: Tucuruvi/Correios e Santana/Correios, com 7 ônibus articulados, e Metrô Jabaquara-Metrô Paraíso, com 12 veículos. Elas têm cobrança de tarifa.

Ônibus operam normalmente no terminal Grajaú, em São Paulo - Talita Marchao/UOL - Talita Marchao/UOL
Ônibus operam normalmente no terminal Grajaú, em São Paulo
Imagem: Talita Marchao/UOL

Ruas e rodovias

Na rodovia Régis Bittencourt, alguns focos de manifestações foram registrados no começo do dia. Bloqueios na altura dos quilômetros 273, em Taboão da Serra, e no 281, em Embu das Artes, já foram liberados, mas o trânsito nesses pontos enfrenta lentidão até a normalização do tráfego.

Na rodovia Hélio Smidt, sentido aeroporto de Cumbica, também houve um protesto, com fogo ateado em pneus. Mas a região já foi liberada.

Na rodovia Anhanguera, às 6h55, havia tráfego interrompido na pista expressa, sentido interior-capital, na altura do quilômetro 18. Já na altura do quilômetro 96, o bloqueio de manifestantes é na região da cidade de Campinas, no sentido capital-interior. Por volta das 7h15, a PM (Polícia Militar) começou a limpar a pista para que ela seja liberada.

Na avenida dos Estados, na região de Santo André, na Grande SP, manifestantes atearam fogo em pneus. A PM liberou a via por volta das 6h45.

A CET aponta que bloqueios em vias da zona oeste da capital paulista, como as avenidas Francisco Morato e Afrânio Peixoto, já foram encerrados, com o tráfego liberado. Foram realizados protestos também na avenida 23 de Maio, na altura do centro, perto da praça da Bandeira, e na avenida Sapobemba, na zona leste.

Manifestantes bloquearam um dos acessos ao Minhocão em SP

Band Notí­cias

Trânsito

O congestionamento na capital paulista ficou acima da média a partir da metade da manhã desta sexta, segundo dados da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego). Às 9h30, o índice de lentidão hoje era de 114 quilômetros; a máxima média para o horário sendo de 110. Às 10h, o registro chegou a 109 quilômetros, com a média do horário atingido, normalmente, no máximo 87.

Uma hora depois, às 11h, a cidade tinha 90 quilômetros de congestionamento. A média para o horário varia entre 48 e 72 quilômetros. Às 12h30, o índice ainda estava acima da média: 67 quilômetros, contra uma variação normal entre 35 e 59 quilômetros.

Antes do período final da manhã, a lentidão só havia sido maior que a média às 7h, quando a CET começou a registrar os índices. Foram 48 quilômetros de lentidão no momento em que a cidade costuma ter congestionamentos entre 16 e 38 quilômetros. Às 7h30, o índice já estava dentro da média, diz a CET: 57 quilômetros, dentro da variação normal entre 30 e 60 quilômetros.

Às 8h, a cidade registrava 66 quilômetros de lentidão. A média para o horário varia entre 44 e 92 quilômetros. Às 8h30, o congestionamento registrado era de 69 quilômetros, sendo que a média oscila entre 56 e 110. Meia hora depois, a lentidão na cidade era de 88 quilômetros. Em geral, o índice para as 9h vai de 63 a 119 quilômetros.

Trânsito intenso na Radial Leste, na altura do metrô Tatuapé, na zona leste da capital paulista, no dia da greve geral convocada em todo o País contra a proposta de reforma da Previdência - Fábio Vieira/Foto Rua/Estadão Conteúdo - Fábio Vieira/Foto Rua/Estadão Conteúdo
Trânsito intenso na Radial Leste, na altura do metrô Tatuapé, na zona leste da capital paulista, nesta sexta
Imagem: Fábio Vieira/Foto Rua/Estadão Conteúdo