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Mulher está em estado gravíssimo após inalar fumaça durante protesto em BH

Rayder Bragon

Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte

14/06/2019 12h29

Uma mulher de 53 anos foi levada em estado gravíssimo a um pronto-socorro de Belo Horizonte após passar mal ao inalar fumaça proveniente da queima de pneus. O caso ocorreu durante manifestações em apoio à greve contra a reforma da Previdência na manhã de hoje.

Conforme informação preliminar da Polícia Militar de Minas Gerais, Edi Alves Guimarães estava dentro de um ônibus que foi parado em razão do protesto.

O grupo de manifestantes bloqueou com pneus e outros objetos a avenida Antônio Carlos, nas proximidades da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), na região da Pampulha, e ateou fogo ao material.

Segundo a assessoria de imprensa do Hospital Risoleta Neves, a mulher teve uma parada cardiorrespiratória e estava, por volta do meio-dia, no CTI (Centro de Terapia Intensva) da unidade hospitalar.

Seu estado de saúde é considerado gravíssimo pelos profissionais de saúde que prestaram os primeiros atendimentos à vítima.

Ela havia sido conduzida ao hospital por uma equipe da PM que foi até o local dos protestos após ter sido acionada em razão da presença de manifestantes que obstruíam a avenida.

Quando se depararam com o quadro, os militares disseram que ela já estava na rua sendo amparada por outras pessoas. De acordo com a polícia, ela não estava protestando.

Não há informação se outros passageiros do ônibus se intoxicaram com a fumaça. A via já foi liberada, informou a polícia.

Greve em Belo Horizonte

A greve convocada por sindicatos paralisou parte do sistema de transportes públicos em algumas das capitais do Brasil. Na capital mineira, todas as estações de metrô ficaram fechadas fechadas, segundo a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) de Belo Horizonte.

De acordo com a CBTU, os funcionários descumprem uma decisão judicial. Ontem, em nota, a companhia afirmou que obteve uma liminar do TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho de Minas Gerais) para que os trens operassem com 100% das frotas das 5h30 às 10h e das 16h às 20h, sob penalização de R$ 200 mil em caso de descumprimento pelo Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais).

Ao menos três estradas (MG-129, BR-356 e Fernão Dias) nas cidades mineiras tiveram trechos interditados por conta de manifestações, mas todos foram liberados antes das 8h.