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Protesto no Rio tem detidos, bombas e tiros de balas de borracha

14.jun.2019 - Policial age ao final de protesto contra a reforma da Previdência no centro do Rio de Janeiro - Ricardo Moraes/Reuters
14.jun.2019 - Policial age ao final de protesto contra a reforma da Previdência no centro do Rio de Janeiro Imagem: Ricardo Moraes/Reuters

Marina Lang

Colaboração para o UOL, no Rio

14/06/2019 19h31Atualizada em 14/06/2019 22h59

A Polícia Militar jogou bombas de gás lacrimogêneo e disparou tiros de balas de borracha ao final do ato contra a reforma da Previdência no começo da noite de hoje, no centro do Rio.

A manifestação, que percorria a avenida Presidente Vargas em direção à Estação Central e começou de forma pacífica, foi dispersada.

Quatro pessoas foram detidas e dois policiais ficaram feridos. A PM não informou se registrou manifestantes feridos.

Segundo o coronel Mauro Flies, porta-voz da Polícia Militar do Rio, eles foram inicialmente agredidos por manifestantes com garrafas, pedras, paus e rojões e, a partir daí, iniciaram "uso progressivo da força não letal para dispersar os manifestantes". O efetivo continua nas ruas, uma vez que, ao lado da manifestação, estava acontecendo uma festa. Uma mochila de coquetéis molotov foi apreendida.

O CML (Comando Militar do Leste) disse que "houve tumulto e exaltação entre os participantes, levando a Polícia Militar a intervir para garantir a lei e a ordem". "O CML estava guardando o patrimônio público e histórico (Palácio Duque de Caxias e Pantheon de Caxias) e não foi preciso intervir, já que a Polícia Militar cumpriu sua missão de modo efetivo", finaliza a nota.

A PM não informou a quantidade de manifestantes presentes no ato.

Mais protestos em outras cidades

Manifestações contra a reforma e pela educação foram convocadas para a tarde de hoje pelas centrais sindicais e aconteceram em pelo menos sete capitais.

São Paulo também teve bombas de gás lacrimogêneo ao final do ato. Na rua da Consolação, manifestantes atearam fogo em sacos de lixo e a Polícia Militar respondeu com bombas de gás lacrimogêneo. O ato se dispersou por ruas laterais.

Faixas e camisetas exaltaram a liberdade do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Houve cartazes contra o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o procurador Deltan Dallagnol, que tiveram conversas vazadas pelo site The Intercept Brasil.

Líderes da esquerda, como Fernando Haddad, Gleisi Hoffmann, Guilherme Boulos e Eduardo Suplicy engrossaram o ato em São Paulo. Segundo a SSP (Secretaria de Segurança Pública), 14 pessoas foram detidas no estado: dez na capital, após evento na avenida Francisco Morato, e quatro em Sorocaba, após depredação de um micro-ônibus.

Em Curitiba, manifestantes foram à praça Santos Andrade, próxima à reitoria da UFPR (Universidade Federal do Paraná). Segundo a Polícia Militar, o protesto ocorreu de forma pacífica, com estimadas 3.000 pessoas.

No Nordeste, Natal, Teresina, Maceió e Recife tiveram atos contra a reforma.

Em Maceió, manifestantes foram liderados por um minitrio elétrico e levaram bandeiras e cartazes criticando os cortes do governo federal. O ato foi encerrado por volta das 19h. Em Recife, manifestantes bloquearam ruas e a ponte Princesa Isabel, na região central.

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