Morre homem que agrediu a esposa e a filha a marretadas em São Vicente (SP)
Bruna Alves
Colaboração para o UOL, em São Paulo
15/06/2019 22h09
José Diógenes de Andrade, 47, morreu na manhã de hoje na UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Zona Noroeste, em Santos (litoral paulista). Ele foi preso sob a acusação de agredir a esposa e a filha de 9 anos a marretadas, em São Vicente no último domingo (2). O crime foi registrado como violência doméstica, tentativa de homicídio qualificado e tentativa de feminicídio.
O suspeito passou mal na cadeia no último dia 11, onde cumpria prisão preventiva, e foi encaminhado à UPA, onde permaneceu internado desde então. Andrade chegou ao local com quadro de diabetes muito "descompensada", segundo os médicos.
Segundo a Secretaria de Saúde de Santos, a causa da morte ainda será confirmada pelo IML (Instituto Médico Legal).
Andrade estava detido no 5º DP (Distrito Policial) de Santos, desde o dia 3 de junho, quando foi preso pela Polícia Civil na casa de sua irmã, em Praia Grande. Segundo a polícia, ele havia confessado o crime.
O suspeito estava preso em uma cela separada dos demais para garantir sua integridade física. Ele convivia com dois acusados de estupro, de acordo com a Polícia Civil.
"Aparentemente ele não estava tomando a medicação, era o que dizia quem lidava com ele [carcereiro] no dia a dia. Ele estava inconformado que tinha atingido a filha e parece que ele não tinha intenção de acertá-la", afirmou um policial civil que pediu para não ser identificado.
O filho mais velho do casal, de 13 anos, que estava na casa e presenciou o crime, conseguiu correr e pedir ajuda aos vizinhos, que chamaram a polícia.
Quando os policiais chegaram, o suspeito já tinha fugido. A mulher, de 38 anos, e sua filha estavam caídas no chão e tinham ferimentos pelo corpo. Segundo a polícia, familiares disseram que o casal estava separado havia algumas semanas.
Amigos do casal relataram ao UOL que a "motivação" do crime teria sido o ciúme que Andrade tinha pela esposa e por não aceitar o fim do relacionamento.
A mulher segue internada no Hospital de São Vicente, mas já saiu da UTI e não corre risco de morte, porém sem previsão de alta. Já a menina de 9 anos teve alta e deixou o Hospital na última segunda-feira (10).
O crime foi registrado como tentativa de homicídio qualificado, e não homicídio qualificado, conforme informado em versão anterior do texto