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Parte dos desalojados por barragem na BA não poderá voltar para casa

Imagens aéreas feitas neste domingo mostram a situação na região da barragem - Divulgação/Governo da Bahia
Imagens aéreas feitas neste domingo mostram a situação na região da barragem Imagem: Divulgação/Governo da Bahia

Nathan Lopes

Do UOL, em São Paulo

14/07/2019 14h30

Parte dos moradores que foram desalojados em Coronel João Sá (BA) não poderá voltar para suas casas, disse hoje o governador da Bahia, Rui Costa (PT). "Foi feito o diagnóstico de que algumas casas foram construídas em lugares impróprios", disse ele hoje. No total, serão avaliadas as casas onde moram 2.400 pessoas.

A cidade, a cerca de 360 quilômetros de Salvador, foi invadida pelas águas do rio do Peixe, na quinta-feira (11), após o transbordamento causado pelo rompimento da barragem do Quati, na cidade vizinha de Pedro Alexandre (BA). O governador esteve nas duas cidades neste domingo e sobrevoou de helicóptero a região.

Segundo a Defesa Civil, as casas em locais impróprios estão muito próximas ao rio. "Portanto, elas precisam ser remanejadas daí para um lugar mais elevado, [para] sair do [local sob] risco de alagamento quando houver uma chuva forte", disse o governador.

A Defesa Civil também chegou a apontar que, após o escoamento da água que inundava a cidade, foi verificado que algumas casas tinham risco de desabar por causa de rachaduras.

Agora, segundo o governador, o órgão faz o levantamento das casas que não poderão mais receber seus moradores. Os afetados serão cadastrados pelo governo para receber um auxílio-moradia.

14.jul.2019 - O governador Rui Costa sobrevoou a região atingida pelo transbordamento e rompimento de barragem na Bahia - Divulgação/Governo da Bahia - Divulgação/Governo da Bahia
14.jul.2019 - O governador Rui Costa sobrevoou a região atingida pelo transbordamento e rompimento de barragem na Bahia
Imagem: Divulgação/Governo da Bahia

Segundo o governador, cerca de 300 casas foram atingidas em Coronel João Sá. Ainda não se sabe quantas não poderão voltar a receber moradores. Estima-se que mais de uma centena esteja nessa situação.

"Nesse momento, a ação principal é cuidar. Ou seja, fazer com que as pessoas sejam alcançadas, que o alimento chegue", disse o governador.

Ontem, a Defesa Civil informou que não há riscos de novo rompimento na barragem. Sobre a situação em Coronel João Sá, o órgão aponta que os moradores que não poderão voltar para suas casas terão de ficar em abrigos.

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