Menino é agredido por professor de futebol e mãe diz estar "horrorizada"
Bruno Alves
Colaboração para o UOL, em São Paulo
26/09/2019 17h54
Um menino de sete anos foi agredido com chutes por um professor, durante uma aula de futebol no condomínio em que a criança mora com a família, em Santa Bárbara do Oeste, interior de São Paulo. A família registrou um boletim de ocorrência, e o caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
A câmera de segurança do condomínio flagrou a agressão. Nas imagens, o menino aparece com uma camiseta branca correndo para o meio da quadra, e o professor, vestido com uma camiseta vermelha, caminhando logo atrás dele.
Em seguida, o professor aparece dando um chute no menino, que cai no chão, e, depois, dá mais dois chutes na criança, que levanta e sai da quadra correndo.
O caso aconteceu na tarde da última terça-feira, 24. Segundo a família, as aulas fazem parte de um projeto social do programa Minha Casa, Minha Vida, do Governo Federal.
De acordo com a mãe do menino, Ana Paula Batista dos Santos, 25, ela estava em casa na última terça-feira à tarde, quando ouviu da janela as crianças gritarem seu nome. A mulher, que mora no quinto andar do prédio, desceu rapidamente. Ao chegar na quadra, as crianças relataram o que havia acontecido.
"Eu fiquei desesperada, desci correndo e fui conversar com o professor. Falei um monte para ele, agredi ele com as palavras, mas ele olhou para a minha cara como se nada estivesse acontecendo. Ele disse: 'eu não bati nele'. Sentado, ele estava, e sentado, ele ficou", diz a mãe indignada. Porém, as crianças afirmaram que o professor bateu e até deu "bicuda" no menino, como mostra a imagem da câmera de segurança.
Após as agressões, a mãe conta que o filho entrou em estado de choque. "Ele ficou desesperado, chorou, perdeu o fôlego, ficou até com falta de ar na hora".
Em seguida, o pai do menino chegou e o levou para o hospital, onde ele realizou exames e foi medicado. Ele foi liberado no mesmo dia.
De acordo com a família, o professor do projeto social foi afastado de suas funções, após a divulgação das imagens da câmera de segurança. Procurado pelo UOL, até o momento, ele não respondeu as mensagens deixadas em suas redes sociais.
Embora os hematomas da criança estejam melhorando aos poucos, o menino ainda sente dores nas costas. Traumatizado, ele não quer mais fazer as aulas, mesmo tendo trocado de professor.
"Ele ficou muito assustado e nem quer ir mais para a quadra para fazer o treino de futebol e a gente não tem o costume de bater. Eu fiquei horrorizada, muito triste mesmo. Eu quero que ele pague por tudo que ele fez com meu filho", desabafa a mãe.
No dia seguinte, a família procurou a delegacia para registrar um boletim de ocorrência.