À espera de ambulância, mulher dá a luz no meio da rua no Rio
Uma mulher deu à luz no meio de uma rua enquanto aguardava uma ambulância em Rio das Pedras, na zona oeste do Rio, na manhã de hoje. Dhassyla Pinheiro Silva sentiu contrações e contou com o auxílio de dois comerciantes locais, os irmãos Fernando Vincler dos Santos e Jean Carlos dos Santos, durante o parto.
A gestante havia solicitado uma ambulância do programa Cegonha Carioca, gerido pela organização social Cep 28 (Centro de Pesquisas 28), contratada pela Prefeitura do Rio. A ambulância, no entanto, chegou apenas depois do parto.
"Ela estava passando muito mal e já tinha chamado a ambulância, que não chegou. E aí, ela e o marido pediram ajuda na rua e então ajudei. Eu fiz o parto e, depois disso, a ambulância chegou e a levou", relatou Fernando ao UOL.
O momento foi registrado em fotos pelos irmãos e pelos transeuntes. As imagens foram publicadas em redes sociais e viralizaram.
Procurada pela reportagem, a Cep 28 não se manifestou sobre o episódio ocorrido na manhã de hoje, informando apenas que caberia à SMS (Secretaria Municipal de Saúde) comentar o assunto.
Em nota, a SMS disse ao UOL que "a solicitação do Transporte Cegonha foi recebida e pouco depois a ambulância partiu da base da Barra da Tijuca para atender ao chamado. Na comunidade de Rio das Pedras, onde mora a família, no entanto, os endereços são desencontrados e há muitas áreas de difícil acesso para veículos, o que retardou a chegada da ambulância".
"Sem encontrar o endereço indicado, por telefone a equipe da ambulância combinou com o acompanhante da gestante um local mais acessível para buscá-la. Quando a ambulância conseguiu chegar ao local, o bebê tinha acabado de nascer", afirmou o comunicado.
Ainda de acordo com a pasta, "a enfermeira obstétrica da ambulância deu assistência no local à mãe e à criança e as levou na viatura para a Maternidade Leila Diniz, na Barra da Tijuca. Ambas passam bem".
Atrasos de salários e falta de verbas
Na última terça-feira (8), o jornal "Extra" noticiou que o programa municipal Cegonha Carioca sofre com atrasos de salários dos funcionários e falta de verbas para combustíveis das ambulâncias.
Ainda de acordo com a publicação, ao menos duas das 12 ambulâncias destinadas ao programa ficaram paradas na garagem por falta de combustível na segunda.
Questionada pela reportagem sobre os atrasos nos repasses de verbas para o programa por parte da Prefeitura do Rio, a secretaria não se manifestou.
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