Moradora de rua que pediu R$ 1 foi morta a 800m de batalhão da PM no Rio
Resumo da notícia
- Zilda Henrique dos Santos Leandro é assassinada a tiros em Niterói
- Testemunhas dizem que a moradora de rua pediu R$ 1 a assassino
- O local do crime fica a cerca de 800 metros de uma batalhão da PM
O local em que uma moradora de rua foi assassinada a tiros em Niterói, na região metropolitana do Rio, fica a cerca de 800 metros de uma batalhão da PM (Polícia Militar). A mulher, identificada como Zilda Henrique dos Santos Leandro, foi baleada na rua Barão de Amazonas, uma das principais vias do centro da cidade. O atirador foi preso pela Polícia Civil.
O crime ocorreu no último sábado. Imagens de câmeras de segurança mostram que Zilda fala com o assassino, identificado como Aderbal Ramos de Castro. O homem então saca um revólver e faz ao menos dois disparos contra a moradora de rua.
Atingida no abdômen, ela cai no meio da rua e é socorrida por outra mulher. Após atirar, o homem continua caminhando tranquilamente e volta a guardar a arma na cintura. Testemunhas disseram à polícia que ela pediu R$ 1 a Aderbal antes de ser morta.
A proximidade com unidades das polícias Civil e Militar não inibiu Aderbal de cometer o crime. O 12º BPM, batalhão da PM responsável pelo patrulhamento nas cidades de Niterói e Maricá, fica a cerca de 800m do local do crime, na avenida Jansen de Melo.
A rua Barão de Amazonas é uma rota comum para viaturas que deixam a unidade em direção a outras áreas do centro de Niterói.
Também fica perto do local do crime a 76ª DP (Niterói), delegacia com a atribuição para investigar crimes ocorridos no centro da cidade. Mesmo a DHNSG (Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí), que efetuou a prisão de Aderbal, fica a 1 km do do ponto em que Zilda foi assassinada.
Após o crime, os investigadores da Delegacia de Homicídios usaram as imagens para identificar o assassino. Ele está detido na sede da delegacia.
Região teve 27 assassinatos neste ano
Dados do ISP (Instituto de Segurança Pública), órgão responsável pelas estatísticas de criminalidade do Rio, mostram que entre janeiro e setembro deste ano houve 27 assassinatos no centro de Niterói —16 a mais do que os crimes registrados no mesmo período de 2018. As mortes em confronto com a polícia também cresceram na região: foram 16 este ano, contra 11 no mesmo período do ano passado.
A região é uma das mais movimentadas do estado, por conta de importantes eixos de transporte coletivo. Perto do endereço em que Zilda foi morta fica a estação Praça Arariboia das Barcas —terminal que faz a ligação entre Rio e Niterói.
No local também há um terminal de ônibus urbanos que concentra grande parte das linhas municipais de Niterói, além de ônibus que fazem trajetos para outras cidades, como Rio de Janeiro, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá. Na rua em que ocorreu o crime há ainda uma rodoviária de onde partem ônibus de viagens interestaduais e para o interior do Rio de Janeiro.
A área em que Zilda foi morta concentra muitas lojas e prestadores de serviço. A região é conhecida por ser um importante polo de comércio de móveis de madeira. Há ainda supermercados, estabelecimentos de comércio popular e um shopping.
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