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SC: mulheres brigam por causa de traição, e servidor intervêm com mata-leão

Hygino Vasconcellos

Colaboração para o UOL, em Porto Alegre

28/11/2019 20h47

Uma briga entre duas mulheres por causa de uma traição amorosa e a intervenção de um homem que passava pela rua acabou com a prisão de um deles e uma apuração interna em órgão público em Palhoça (SC), região metropolitana de Florianópolis. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil, que não divulgou o nome dos envolvidos.

Uma mulher de 30 anos descobriu que estava sendo traída pelo marido e decidiu ir até a loja da suposta amante, no centro da cidade catarinense. Ao chegar ao local, ela entrou em luta corporal com a outra mulher e ateou fogo em algumas roupas do estabelecimento comercial.

Segundo a delegada regional Michele Corrêa, pessoas que estavam caminhando pela rua notaram a briga e pediram ajuda a um homem de 52 anos, que também passava pelo local em um carro do IGP (Instituto Geral de Perícias). Ele é servidor do órgão.

O homem, então, resolveu intervir. Toda a ação foi flagrada por câmeras de segurança. Nas imagens, o servidor já aparece em ação, puxando a primeira mulher pela rua e a contendo com um golpe "mata-leão". Ele ainda dá um tapa no rosto dela, que cai no chão, e a puxa pelos cabelos. Neste momento, pessoas que estavam acompanhando a situação aplaudiram o golpe e as agressões.

Ainda de acordo com o vídeo, a mulher tenta resistir, mas o servidor grita: "vai para dentro da viatura". Ele, então, a coloca dentro do carro do IGP.

Na delegacia, o homem afirmou que aplicou o mata-leão porque, enquanto tentava contê-la, a mulher o mordeu. Disse ainda que a puxou pelos cabelos porque ela se jogou ao chão. Segundo a delegada, a mulher chegou a morder uma policial no caminho até a delegacia.

Apesar das agressões, o servidor não foi preso. A delegada afirmou que o servidor "se excedeu".

Em nota, o IGP informou que já instaurou os "procedimentos administrativos cabíveis para apurar os fatos e possíveis irregularidades decorrentes da conduta".

Mulher presa

A mulher foi levada para a delegacia e presa por ameaça, lesão corporal e dano qualificado. Na audiência de custódia, a Justiça determinou sua soltura, para responder o processo em liberdade. Tanto ela quanto o servidor passaram por exame de corpo delito.

Segundo a delegada, a mulher não tinha lesões aparentes da agressão do perito, mas machucados nas pernas e na cabeça, resultantes da briga com a amante do marido.

A Polícia Civil não informou se a mulher tem advogado constituído.

A reportagem do UOL entrou em contato com a outra mulher envolvida na briga. Ela chegou a atender, mas disse que não poderia conversar no momento. Em seguida, não retornou as outras ligações e mensagens por Whatsapp.