Mãe e madrasta acusadas de matar garoto de 3 anos são agredidas em presídio
O casal de mulheres suspeito de agredir e matar uma criança de 3 anos em Nova Marilândia (MT) foi agredido ontem por outras internas na Penitenciária Feminina Ana Maria Couto May, em Cuiabá.
O garoto morreu na terça-feira (26) após apresentar sinais de maus-tratos supostamente cometidos, segundo a Polícia Militar (PM), pela mãe, Luana Marques Fernandes, de 25 anos, e a madrasta Fabíola Pinheiro Bracelar, 22.
De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso, não foi possível apurar o motivo do ataque.
As duas suspeitas estavam em uma ala destinada para mulheres que cometeram crimes semelhantes. Nesta sexta-feira, duas internas se alteraram e agrediram o casal, segundo informações.
"A equipe de agentes penitenciárias de plantão interveio com rapidez, evitando o agravamento da situação", confirmou a Sesp ao UOL.
O casal sofreu hematomas no rosto e as duas precisaram ser encaminhadas a uma Delegacia de Polícia Civil para registrar Boletim de Ocorrência. Elas passaram por atendimento médico e realizaram exames de corpo de delito.
A Sesp informou que, depois da agressão, colocou a mãe e a madrasta do garoto morto em uma cela diferente das demais internas para evitar novos incidentes.
O casal está no presídio de Cuiabá em prisão preventiva. Segundo a assessoria criminal da comarca de Arenápolis (MT), responsável pelo caso, as mulheres se negaram participar de audiência de custódia porque o advogado contratado estava ausente.
O casal não aceitou o defensor público oferecido. A Sesp não soube informar quem é responsável pela defesa das mulheres.
O crime
Luana Fernandes e Fabíola Bracelar são suspeitas de agredir e matar o menino Davi Gustavo Marques Souza, de 3 anos.
O garoto chegou à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) sem vida, trazido pela madrasta Fabíola Bracelar. A criança apresentava hematomas e escoriações pelo corpo, fratura no fêmur e em uma das costelas.
A madrasta saiu da unidade logo após deixar o enteado. A PM foi acionada pelos profissionais de saúde. Os policiais detiveram Fabíola e a mãe do garoto, Luana Marques, na rua da casa delas.
Segundo a PM, Fabíola negou as acusações e Luana não se manifestou ao serem questionadas. Ambas receberam a informação sobre a morte do garoto com "total frieza", de acordo com a polícia. Elas foram presas por suspeita de homicídio doloso (quando há intenção de matar), maus-tratos e omissão de socorro.
As mulheres argumentaram que as fraturas no menino eram decorrentes de brincadeiras de futebol e com bicicletas. Fabíola ainda alegou que os demais hematomas eram por espancamento, conforme informações colhidas pela PM.
O pai do garoto não morava mais com o menino mas, segundo a PM, tinha conhecimentos das agressões e pode ser investigado.
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