Prefeitos do ABC recuam, e ônibus não serão mais totalmente paralisados

Os prefeitos da região do ABC voltaram atrás na decisão de paralisar 100% dos transportes coletivos municipais a partir do próximo domingo (29). Após reunião realizada por videoconferência pelo Consórcio Intermunicipal Grande ABC, os governantes das sete cidades resolveram operar com frotas reduzidas de ônibus. As medidas são parte das ações de combate ao novo coronavírus.

Segundo o Consórcio, a partir da 0h de domingo, o transporte será realizado com 50% da frota nos horários de pico, e 30% nos demais momentos do dia. Também haverá redução nos fins de semana. Serão 30% dos ônibus rodando nos horários de maior demanda, e 15% no resto do dia.

Relacionadas

Guarulhos decreta estado de calamidade pública por causa do coronavírus

Coronavírus: Líderes de favelas de São Paulo temem "carnificina"

Por baixo fluxo, CET suspende faixas reversíveis em São Paulo

"O que norteia nossas decisões é conter o avanço da pandemia. Este realinhamento possibilita que o transporte coletivo atenda os serviços essenciais, profissionais da saúde, segurança pública que se deslocam entre o Grande ABC e as demais cidades da Região Metropolitana de São Paulo, assim como as empresas que prestam serviços para os hospitais", disse o prefeito de Rio Grande da Serra, Gabriel Maranhão (Cidadania), que também é presidente do Consórcio Intermunicipal.

Além dos prefeitos de Santo André, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, também participaram da reunião os secretário estaduais de Transportes Metropolitanos, Alexandre Baldy, e do Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi.

A medida que suspendia totalmente o transporte coletivo municipal no ABC tinha sido anunciada na última quarta-feira (18). A decisão na ocasião foi reduzir gradualmente a frota até o dia 28, com paralisação de 100% da frota a partir da 0h do dia 29. Essa redução gradual está mantida mesmo após a revisão de hoje.

Um dia depois da decisão, na quinta (19), o governador João Doria criticou a paralisação total dos transportes e considerou a ação "precipitada". No sábado (21), o Consórcio divulgou nota reafirmando a suspensão dos ônibus, mas o cenário mudou com a marcação da reunião realizada nesta terça.