Operação prende chefe de facção que coordenou atentados no Ceará em 2019
Uma operação envolvendo as polícias de Sergipe e Ceará prendeu, na quinta-feira, Francisco Marcilieudo Mesquita da Silva, 38, conhecido como "Dão", um dos líderes da facção criminosa GDE (Guardiões do Estado). Procurado há meses, ele foi detido na cidade de Itabaiana (SE), em um imóvel de luxo de um bairro nobre da cidade.
Com dois mandados de prisão por crimes no Ceará, ele é investigado por suspeita de ser um dos coordenadores da onda de atentados criminosos no estado em 2019. Também é suspeito de ter participado de um plano frustrado para matar o secretário da Administração Penitenciária cearense, Mauro Albuquerque.
"Dão" foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, associação criminosa, lesão corporal, resistência, desacato, porte ilegal de arma de fogo de uso restrito e tráfico de drogas. Os mandados judiciais contra ele são referentes, entretanto, apenas aos crimes de homicídio qualificado e organização criminosa. Pelo homicídio, "Dão" já foi condenado a cumprir pena de 24 anos de prisão.
Segundo a polícia, no momento da prisão, "Dão" estava acompanhado por duas pessoas e portava documentos falsificados. A polícia descobriu que, em Sergipe, ele utilizava um nome falso.
O chefe da facção foi transferido pela Polícia Civil do Ceará para Fortaleza e foi levado imediatamente para prestar depoimento na sede, no Complexo de Delegacias Especializadas.
Enfraquecimento da facção
Segundo Harley Filho, chefe da Delegacia de Combate às Ações Criminosas Organizadas, ações recentes da polícia enfraqueceram a facção.
"Depois do endurecimento das medidas adotadas pelo sistema penitenciário do estado, e com transferência desses chefes para presídio federal, ficou difícil de arregimentar pessoas que pudessem ocupar esses cargos vagos de conselheiro final. Então, ele acabou ficando com todas as atribuições junto com uma segunda pessoa. Hoje o grupo está sem uma cadeia de comando e, dessa forma, a tendência é que ela acabe", disse.
Segundo a polícia cearense, a busca agora é para prender o último cabeça da GDE: trata-se de Francinélio Oliveira e Silva, 46, com passagens por roubo com restrição de pessoa e dano qualificado. Conhecido como "Geleia", ele tem um mandado de prisão em aberto por roubos e furtos por conta de uma condenação a 51 anos e 10 meses em regime fechado.
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