Homem é preso em flagrante por agredir e prender mulher e filha de 2 anos
A Polícia Civil prendeu em flagrante um homem acusado de agredir e manter em cárcere privado, dentro da própria casa por dez dias, a mulher e a filha de 2 anos. De acordo com os agentes da 66ª DP (Piabetá), o caso aconteceu em Magé, na Baixada Fluminense, após receberem uma denúncia anônima que levou os policiais até a residência.
O homem, segundo a vítima de 19 anos, não aceitava o fim do relacionamento e, no último dia 17, a agrediu violentamente com chutes nas pernas e nas costelas, socos no rosto e a arrastando pelo cabelo e ameaçando de morte, quando disse que iria sair de casa.
De acordo com a polícia civil, a vítima ainda afirmou que, durante dez dias, o homem não deixou ela e a filha saírem da residência e chegou a agredir a menina com um forte tapa no peito "pelo fato de ela chorar ao ver a mãe sendo agredida".
O delegado responsável pela prisão ocorrida na terça-feira (26), Antônio Silvino, disse em entrevista ao UOL que, após ser libertada pelos agentes, a mulher relatou todas as violências físicas e psicológicas que sofreu desde o início do ano.
"Quando chegamos no local, a jovem começou a narrar para a equipe uma série de violências que ela vinha sofrendo desde o dia 29 de janeiro, quando ela foi agredida pela primeira vez e foi obrigada a manter relações sexuais com o companheiro. Ela disse que foi agredida pelo menos 10 vezes pelo acusado, mas ela nunca foi à delegacia para registrar o fato. Toda vez que ela ameaçava de sair de casa, ele a ameaçava e ela desistia de sair de casa", disse o delegado.
"No dia 17 de outubro, depois de uma discussão do casal ela foi violentamente agredida e foi obrigada a jurar mediante ameaça que não sairia de casa. Ele chegou a agredir a filha do casal com um forte tapa no peito, pelo fato da criança estar chorando, vendo sua mãe sendo agredida. A partir daí, até o dia 26, ela foi mantida dentro de casa, obrigada, pelo marido. O medo dela era tão grande que não conseguia prestar queixa.
O homem foi preso em flagrante por cárcere privado - qualificado por ter sido cometido contra o cônjuge — e vai responder também por lesão corporal, injúria, constrangimento ilegal, ameaça e estupro. A pena pode chegar a 20 anos de prisão, segundo o delegado.
A Polícia Civil informou que, por estar de férias no trabalho, o homem conseguiu ficar em casa direto com a família. Além disso, o acusado possui registros de ocorrência anteriores por envolvimento em brigas e ameaças, tendo ainda agredido uma ex-companheira.
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