Governador do RJ promete reocupar favelas e usar força 'quando precisar'
Cláudio Castro (PSC), governador em exercício do Rio de Janeiro, disse em entrevista publicada hoje no jornal O Globo que planeja "apresentar para a população e a imprensa um grande plano de segurança pública" no primeiro semestre de 2021.
"Na minha gestão, não há lugar onde o Estado não possa entrar", afirmou Cláudio Castro, que ressaltou que o combate às milícias "é uma superprioridade" de seu governo.
Segundo o chefe do executivo fluminense, o plano de segurança pública a ser apresentado no ano que vem atuará em três eixos, sendo eles:
- Fortalecimento do efetivo policial por meio do Segurança Presente, uma operação municipal que integra policiais militares e agentes civis de segurança;
- Investimento em Inteligência "para asfixiar financeiramente as organizações criminosas";
- Ocupação de áreas hoje dominadas pelo tráfico e por grupos milicianos.
Perguntado pelo jornal se adotaria a "filosofia do 'tiro na cabecinha'" do governador afastado Wilson Witzel (PSC), Castro disse que "quando precisar fazer uso da força, passando por um critério técnico", a medida poderá ser utilizada.
Ainda na entrevista, Castro comemorou a operação realizada no fim de outubro pela Polícia Civil no Complexo da Maré, na zona norte da capital, para prender foragidos da Justiça.
"Pela primeira em dois anos, a Polícia Civil fez operação dentro da Maré, que é uma coisa que não vinha acontecendo", comentou.
Durante a operação, Maiara Oliveira da Silva, 20, que estava grávida de cinco meses, foi baleada. O bebê morreu.
Em agosto, o STF decidiu limitar a deflagração de operações policiais em favelas no RJ durante a pandemia do novo coronavírus, sendo liberadas apenas em casos excepcionais e com justificativa ao MP (Ministério Público).
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