Topo

Esse conteúdo é antigo

Governador do RJ promete reocupar favelas e usar força 'quando precisar'

"Na minha gestão, não há lugar onde o Estado não possa entrar", afirmou Cláudio Castro para o jornal O Globo - Daniel Resende/Futura Press/Estadão Conteúdo
'Na minha gestão, não há lugar onde o Estado não possa entrar', afirmou Cláudio Castro para o jornal O Globo Imagem: Daniel Resende/Futura Press/Estadão Conteúdo

Do UOL, em São Paulo

10/11/2020 12h34

Cláudio Castro (PSC), governador em exercício do Rio de Janeiro, disse em entrevista publicada hoje no jornal O Globo que planeja "apresentar para a população e a imprensa um grande plano de segurança pública" no primeiro semestre de 2021.

"Na minha gestão, não há lugar onde o Estado não possa entrar", afirmou Cláudio Castro, que ressaltou que o combate às milícias "é uma superprioridade" de seu governo.

Segundo o chefe do executivo fluminense, o plano de segurança pública a ser apresentado no ano que vem atuará em três eixos, sendo eles:

  • Fortalecimento do efetivo policial por meio do Segurança Presente, uma operação municipal que integra policiais militares e agentes civis de segurança;
  • Investimento em Inteligência "para asfixiar financeiramente as organizações criminosas";
  • Ocupação de áreas hoje dominadas pelo tráfico e por grupos milicianos.

Perguntado pelo jornal se adotaria a "filosofia do 'tiro na cabecinha'" do governador afastado Wilson Witzel (PSC), Castro disse que "quando precisar fazer uso da força, passando por um critério técnico", a medida poderá ser utilizada.

Ainda na entrevista, Castro comemorou a operação realizada no fim de outubro pela Polícia Civil no Complexo da Maré, na zona norte da capital, para prender foragidos da Justiça.

"Pela primeira em dois anos, a Polícia Civil fez operação dentro da Maré, que é uma coisa que não vinha acontecendo", comentou.

Durante a operação, Maiara Oliveira da Silva, 20, que estava grávida de cinco meses, foi baleada. O bebê morreu.

Em agosto, o STF decidiu limitar a deflagração de operações policiais em favelas no RJ durante a pandemia do novo coronavírus, sendo liberadas apenas em casos excepcionais e com justificativa ao MP (Ministério Público).