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Doria promete área de lazer no Rio Pinheiros e despoluição até 2022

Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) - ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO
Governador de São Paulo, João Doria (PSDB) Imagem: ROBERTO CASIMIRO/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

Allan Brito e Rafael Bragança

Do UOL, em São Paulo e Colaboração para o UOL, em São Paulo

12/11/2020 13h12

O governador de São Paulo João Doria (PSDB) prometeu hoje um processo de revitalização e despoluição do Rio Pinheiros. Doria disse que assinou a concessão à iniciativa privada da Usina de Traição, que agora se chamará Usina São Paulo e deve abrigar uma área de lazer com cafés, bares, restaurantes e até um cinema ao ar livre. Além disso, o governador também prometeu, sem dar ainda mais detalhes, que o rio será despoluído até o final de 2022.

"O governo e o consórcio [Usina São Paulo] assinaram ontem o contrato que visa transformar um espaço degradado em uma das mais modernas áreas de lazer, esporte, cultura e gastronomia da cidade de São Paulo em pleno Rio [Pinheiros]", anunciou Doria durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista em São Paulo.

Segundo a administração estadual, o consórcio Usina São Paulo é formado pelas empresas Kallis Administração e Participações Eireli, Nacional Shopping Planejamentos e Reestruturação de Shopping Center Ltda. e Concessões e Participações BR Ltda. O grupo privado assinou um contrato de R$ 280 milhões e, segundo Doria, a economia para o governo será de R$ 12 milhões por ano sem ter que arcar com a manutenção da usina elétrica.

"Nesse espaço será construída uma instalação moderna e impactante, com cafés, bares, restaurantes, academia, museu e o maior cinema ao ar livre da América Latina. É mais um passo no programa de despoluição do Rio Pinheiros, cujo investimento beira R$ 4 bilhões. Com isso, o Rio Pinheiros será entregue limpo e despoluído até dezembro de 2022", disse o governador.

O edital do projeto foi lançado pelo governo paulista em dezembro do ano passado. A proposta prevê que a cobertura do edifício da Usina de Traição vire um terraço de quase 2 mil m² com mirante, café e restaurantes. A despoluição do Rio Pinheiros até 2022 também estava prevista no projeto.

Atualmente, o governo dedica ao rio um programa de revitalização orçado em R$ 1,5 bilhão. O Pinheiros é conhecido por sua poluição há décadas, sobretudo, por lixo doméstico e esgoto não tratado.

"Grande passo"

Secretário de Meio Ambiente de São Paulo, Marcos Penido, comemorou a assinatura do contrato como um "grande passo no maior programa socioambiental do país". Penido também listou medidas necessárias para o sucesso da despoluição, que já foi prometida por gestões anteriores do PSDB no estado.

"Em decorrência do grande trabalho de despoluição do Rio Pinheiros, que compreende ações de saneamento, de limpeza de margens e desassoreamento, com o entendimento que através do saneamento, e da garantia do resgate da dignidade da população que vive na bacia do rio, teremos despoluição", explicou o secretário.

Rodrigo Bonadia, presidente do consórcio Usina São Paulo, disse que o investimento privado deve superar R$ 300 milhões. "Nosso consórcio foi vencedor e nosso projeto foi baseado na integração da arte, cultura, lazer e empreendedorismo", disse Bonadia.