PF e Polícia Civil fazem ação contra abuso e exploração sexual de crianças
A Polícia Federal e Polícia Civil de São Paulo deflagraram hoje uma operação contra abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes.
Batizada de "Black Dolphin", a ação cumpriu cerca de 225 mandados de busca e apreensão nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul, além de um desdobramento no Espírito Santo, segundo a delegada da PF Paula Mary. Também houve cinco prisões.
O Código Eleitoral limita prisões na semana do pleito, mas a delegada explicou que se trataram de prisões em flagrante durante cumprimento do mandado de busca. "Foram encontrados fatos materiais contendo cenas de abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes".
O objetivo da ação é localizar arquivos digitais compartilhados na deepweb, onde os criminosos se valem do anonimato para exibir, acessar e compartilhar imagens de abuso sexual infantil para evitar ação das autoridades.
"Em razão das investigações, o que se pode falar até o momento é que muitos desses integrantes dessa organização criminosa praticavam estupros, produziam essas imagens e, além de armazenar e compartilhar, também comercializavam essas imagens na deepweb", detalhou ela.
As investigações começaram em 2018, quando as autoridades descobriram que um homem estava negociando a sobrinha para a máfia russa de abusadores sexuais de crianças. Segundo a delegada, o plano era levá-la a um parque de diversão, vendê-la, e simular um desaparecimento.
"Estão sendo aprofundadas investigações nesse sentido, do sequestro e tráfico de crianças para fins de exploração sexual", acrescentou ela.
Segundo a PF, o nome da operação foi escolhido porque investigados afirmam que as leis brasileiras são "ridículas" e que não haveria prisão no país capaz de segurá-los e que, em razão de suas habilidades, somente a colônia 6, prisão na Rússia conhecida como Black Dolphin, seria capaz de detê-los.
O local é conhecido por abrigar presos condenados à prisão perpétua e pelo rigor no tratamento dos detentos.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.