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Brasil e Suíça prendem suspeitos de extorquir funcionário da ONU

Polícia Federal recebeu denúncia das autoridades suíças - Tomaz Silva/Agência Brasil
Polícia Federal recebeu denúncia das autoridades suíças Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil

Colaboração para o UOL

02/12/2020 15h24

A PF (Polícia Federal) do Brasil e a Polícia Suíça deflagraram hoje a Operação Geneve, que prendeu dois brasileiros e um homem com dupla nacionalidade, brasileira e suíça, que são suspeitos de extorquir um funcionário da ONU, residente em Genebra, na Suíça.

As investigações começaram quando esse funcionário da ONU noticiou às autoridades suíças que estava sendo vítima de extorsão e ameaças de morte, que se estendiam a seus familiares, residentes na Suíça e no Brasil.

As autoridades suíças, por meio de pedido de cooperação internacional, solicitaram o auxílio do Ministério Público Federal em Ribeirão Preto/SP que, dentre outras providências, requisitou a instauração de inquérito policial para a apuração dos fatos.

Durante as investigações, conduzidas pela PF, foi possível apurar que o valor extorquido inicialmente era de 450 mil francos suíços, o equivalente a mais de R$ 2,8 milhões. Ainda apurou-se que um irmão da vítima teria sofrido uma tentativa de atendado a bomba no Brasil.

A 6ª Vara da Justiça Federal em Ribeirão Preto e as autoridades suíças expediram mandados de prisão e de busca e apreensão e, deste modo, simultaneamente, os investigados foram presos na Suíça e no Brasil.

Os investigados poderão responder, no Brasil, pelos crimes de extorsão (art. 158 do CP) e associação criminosa (art. 288 do CP), cujas penas, somadas, ultrapassam 15 anos de reclusão.