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Ação cumpre mandados contra 'prestadora de serviços' de lavagem de dinheiro

Operação Piànjú tem como objetivo desarticular organização criminosa, com atuação interestadual e internacional - Reprodução/TV Globo
Operação Piànjú tem como objetivo desarticular organização criminosa, com atuação interestadual e internacional Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

15/12/2020 10h32

A Polícia Civil do Espírito Santo deflagrou hoje uma operação para desarticular uma organização criminosa com atuação interestadual e internacional. Batizada de "Piànjú", a ação cumpriu mandados no Espírito Santo, São Paulo, Ceará e Alagoas.

A organização criminosa movimentou mais de R$ 800 milhões e atuava como "prestadora de serviços" de lavagem de dinheiro para outras organizações criminosas, de acordo com o MP-ES (Ministério Público do Espírito Santo).

"Possuía, inclusive, ligação com empresas e pessoas investigadas e denunciadas no âmbito de diversas fases da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, Ministério Público Federal e Justiça Federal, entre elas, a Operação Chorume, Operação Descarte, bem como empresas que já foram investigadas por atuarem com os doleiros Alberto Youssef e Nelma Kodama, todos no âmbito da força-tarefa da Operação Lava Jato, além de uma empresa investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), por desvios de mais de R$ 98 milhões em ICMS", diz nota divulgada pelo MP.

Foram expedidos 126 mandados judiciais:

  • 18 mandados de prisão preventiva
  • 5 mandados de prisão temporária
  • 30 mandados de busca e apreensão
  • 23 sequestros de embarcações
  • 43 ordens judiciais de bloqueio de contas bancárias
  • 2 ordens judiciais de suspensão de atividades econômicas

Entre as ordens de busca e apreensão estão 12 imóveis, 3 veículos de luxo (Porsche Panamera, Maserati Granturismo S e Mercedes Benz GLA200FF), 12 motos aquáticas e 11 embarcações.

Segundo o MP, o esquema de lavagem era realizado por meio de empresas de fachada e fictícias "criadas valendo-se de identidades falsas, expedidas pelo Setor de Identificação da própria Policia Civil do Estado do Espírito Santo, onde a organização criminosa se valia da precariedade do sistema atual de emissão de identidades civis e os beneficiários da lavagem, ou seja, os 'clientes', que tinham os valores remetidos para contas de empresas na China e EUA".