Temporal e balada aberta: a 1ª noite com novas restrições no comércio de SP
A primeira noite com novas restrições no comércio de São Paulo pela alta nas contaminações e mortes causadas pela covid-19 teve bares abertos e baladas na capital paulista. Um temporal assolou a metrópole a partir das 19h, o que fez parte dos comerciantes manterem os empreendimentos abertos além das 20h, horário inicial das restrições.
Conforme determina o governo de João Doria (PSDB), a partir deste horário todos os comércios devem fechar desde esta segunda (25). A decisão envolve determinações do Plano São Paulo, que coloca a capital e a Grande SP na fase laranja, a segunda mais restrita para evitar a proliferação do novo coronavírus.
Bares e restaurantes são diretamente afetados, impossibilitados de atender clientes para além das 20h. No entanto, era possível encontrar espaços com pessoas.
Um bar na Rua Augusta, ponto boêmio da cidade, fechou as portas, mas manteve o público consumindo internamente. A maioria estava de portas fechadas com expediente já encerrado ou, então, com delivery.
O UOL tentou entrevistar comerciantes, mas os espaços visitados não tinham responsáveis para falar, conforme informado pelos funcionários presentes. É o caso do restaurante Fuad, na região da Santa Cecília, com funcionamento encerrado às 20h.
Restaurantes na região mantinham clientes na área interna por conta do temporal que atingiu a capital. Era possível conferir que nenhum serviço estava ocorrendo, o local servia apenas de abrigo temporariamente.
Já na rua Peixoto Gomide, uma travessa da Augusta, era possível frequentar uma balada. A porta do espaço, ao lado do número 72, estava entreaberta e possuía um segurança controlando entrada e saída.
No segundo andar, pessoas bebiam e dançavam ao som de música eletrônica. Elas não se incomodavam ao serem vistas através do vidro por quem passava pelo lado de fora.
Também havia espaços abertos na praça Roosevelt, outro ponto de encontro boêmio da cidade. Um minimercado e um bar funcionavam praticamente sem interferências da fase laranja.
Grupos de jovens ocupavam uma rua lateral da praça, bebendo nas calçadas ou sentados nas escadas que dão entrada à Roosevelt. Não havia fiscalização em nenhum local visitado pela reportagem.
O UOL tenta contato com os estabelecimentos citados. Se enviados, seus posicionamentos serão publicados.
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