Homem é liberado de hospital com ferida no pé e corre risco de amputação
Após ficar sete dias internado com covid-19, em Campo Grande (MS), Fábio Aparecido de Assis, 39, corre o risco de ter o pé amputado, em decorrência de uma queimadura que evoluiu para um quadro infeccioso. Ele foi diagnosticado no dia 10 de fevereiro e encaminhado ao HRMS (Hospital Regional de Mato Grosso do Sul), onde permaneceu recebendo cuidados médicos.
O paciente recebeu alta hospitalar no dia 17 de fevereiro e os familiares foram informados de que Fábio sofreu uma queimadura no pé direito, por ter ficado muito tempo em um equipamento de exames. A irmã, Fabiana de Assis Macucci, 33, conta que só perceberam a gravidade do ferimento ao chegaram em casa e removeram o curativo para dar banho.
"Meu irmão não fala e não anda, precisa de ajuda para tudo, por isso meu tio foi dar banho e ficou assustado com o tamanho da ferida. Imediatamente ele foi até uma farmácia e contou o ocorrido, a fim de comprar uma pomada. O farmacêutico orientou que ele voltasse ao hospital, pois era caso para internação", detalha a irmã.
No dia seguinte, a família retornou ao Hospital Regional com o paciente e questionou a gravidade do ferimento. "Na triagem inicial disseram que a ferida era sequela do coronavírus. Um absurdo essa informação, mas eles resolveram internar. Quando viram o tamanho do problema nos acusaram de negligência nos cuidados. E estamos revoltados, pois meu irmão é tratado com muito carinho e higiene", explica Fabiana.
Os irmãos vivem com o tio e a avó, que é aposentada e recentemente sofreu um infarto. A irmã trabalha como vendedora autônoma e não tem dinheiro para contratar um advogado e entrar com processo contra o hospital. "Estou indignada, pois meu irmão é tratado com todo cuidado. Minha avó utiliza toda aposentadoria para proporcionar bem-estar a ele, e agora querem colocar a culpa na gente, sendo que ele só ficou 24 horas fora do hospital", desabafa.
Fabiana acrescenta que a informação recebida no hospital é de que irão fazer uma raspagem para a realização de um enxerto, mas as chances de rejeição são grandes e uma amputação não está descartada. "É um absurdo o que aconteceu e queremos resolver isso, pois meu irmão não tem como se defender e contar o que realmente aconteceu", finaliza.
A família está realizando uma rifa comunitária para levantar recursos e contratar um advogado para cuidar do caso.
O UOL entrou em contato com a assessoria de comunicação do Hospital Regional de Mato Grosso do Sul e foi informada que a família foi orientada a procurar a ouvidoria da instituição para formalizar a queixa. A partir da documentação poderão iniciar uma sindicância para terem mais pormenores sobre o acontecido. Explicaram ainda que não podem fornecer mais detalhes, a fim de preservar o sigilo médico/paciente.
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