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São Gonçalo (RJ) interdita show de pagode com mais de mil pessoas

Marcela Lemos

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

08/03/2021 10h18Atualizada em 08/03/2021 15h12

A Prefeitura de São Gonçalo, cidade da região metropolitana do Rio, interditou na noite de ontem uma casa clandestina de eventos no bairro de Neves, depois de flagrar mais de mil pessoas aglomeradas no local, durante um show de pagode.

A poucos metros da casa de eventos Recanto da Pedra, na rua Maurício de Abreu, um bar também causava aglomeração e foi notificado por estar funcionando em descumprimento ao decreto que determinou o fechamento de bares e restaurantes da cidade às 18 horas, até o dia 11 de março. A decisão visa a redução da transmissão no novo coronavírus entre os moradores da cidade.

O show do pagode ocorria por volta de 21h. Segundo a prefeitura, além de estar aberto em horário proibido, o imóvel estava completamente irregular, sem alvará de funcionamento ou licença para realização de eventos. O responsável pela festa "Resenha do VH", que alugou o imóvel, foi multado e o local foi interditado. O público foi orientado a deixar o local e não ocorreram incidentes.

O secretário municipal de Ordem Pública, Major David Ricardo Gonçalves Costa, afirmou que as fiscalizações terão continuidade ao longo da semana.

"O que vimos aqui é um total desrespeito à vida e não iremos permitir que estas festas clandestinas continuem a ser realizadas."

Desde a última sexta-feira, o município realiza fiscalizações noturnas em bares e restaurantes da cidade, numa ação integrada que envolve as secretarias de Saúde e Defesa Civil, através da Vigilância Sanitária, Ordem Pública, Meio Ambiente e Transportes, além do apoio da Polícia Militar (7ºBPM). Os agentes estão fazendo rondas e percorrendo os bairros com maior concentração de bares e restaurantes.

"As fiscalizações estão sendo realizadas para que as novas medidas restritivas para conter o avanço da transmissão do coronavírus sejam cumpridas pela população. Durante as ações de sexta e sábado, os agentes não encontraram dificuldades e receberam o apoio da população em relação à necessidade de redução de aglomerações. No último sábado, as equipes encontraram a maioria das ruas desertas", informou a prefeitura de São Gonçalo por meio de nota.

Na capital, locais vazios

No Rio, locais críticos por permitirem aglomerações terminaram o dia com portas fechadas no horário determinado: 17h e ruas vazias. Não foram registrados problemas na ruas Dias Ferreira e Ataulfo de Paiva, no Leblon, na zona sul do Rio, nem na Olegário Maciel, que concentra inúmeros bares e restaurantes, na Barra da Tijuca, na zona oeste.

O novo decreto da Prefeitura do Rio, que foi temporariamente derrubado na Justiça, mas acatado em seguida, estipulou que restaurantes só podem funcionar até às 17h e outros tipos de comércio como shopping, academia e salões de beleza devem ficar abertos até às 20h. A permanência de pessoas nas ruas foi autorizada até às 23h e a multa para quem descumprir as ordens subiu de R$ 112 para R$ 562,42.