Caso Henry Borel: Pai do menino convoca carreata para pedir justiça
Leniel Borel, pai do menino Henry Boreal, organiza uma carreata para pedir justiça pela morte do filho. Amanhã, o grupo se encontra às 17h na subprefeitura da Barra da Tijuca, zona oeste do Rio de Janeiro, e seguirá para o 16ª DP, onde o caso é investigado.
No último dia 8 de março, Henry Borel, de 4 anos, foi encontrado "gelado e com os olhos virados", segundo relato da mãe do menino, Monique Medeiros, e do vereador Jairinho (Solidariedade), padrasto. Ambos estavam no apartamento com Henry na noite da morte.
Laudos médicos mostraram que a criança sofreu lesões que apontam violência e a as autoridades investigam as causas da morte.
A convocação de Leniel Borel foi feita pelas redes sociais. Na quinta-feira (9), a polícia reconstituiu a morte do menino Henry no condomínio Majestic, onde ele morava com a mãe e o padrasto. Além do apartamento do casal, os agentes também estiveram na portaria do prédio para realizar a reconstituição.
Jairinho e Monique faltaram ao local. A polícia informou ainda que os dois podem responder por desobediência por não terem comparecido.
O caso
Henry era filho de pais recém-divorciados, e passou um final de semana com o pai, o engenheiro Leniel Borel de Almeida. Por volta das 19h, Leniel deixou a criança no condomínio onde reside a mãe. Câmeras de segurança flagraram a chegada do menino. Monique Medeiros da Costa e Silva namora o vereador desde outubro de 2020. Antes trabalhava como professora e agora ocupa cargo no Tribunal de Contas do Município.
De acordo com as investigações, na madrugada do dia 8, o médico e vereador Dr. Jairinho (Solidariedade), padrasto de Henry, e a namorada dele e mãe da criança, Monique Medeiros, levaram o menino ao Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca, onde relataram que a criança apresentava dificuldade respiratória. O casal então ligou para o pai do garoto para relatar o ocorrido.
Leniel foi, então, até a unidade de saúde e encontrou os médicos tentando reanimar a criança. Orientado pelos profissionais do hospital, o pai do menino abriu uma ocorrência na 16ª DP para entender o que aconteceu com o filho. A morte do menino ocorreu ainda no dia 8.
O laudo da necropsia de Henry indicou sinais de violência e a causa da morte foi hemorragia interna e laceração hepática causada por uma ação contundente.
No documento, a perícia constatou múltiplos hematomas no abdômen e nos membros superiores; infiltração hemorrágica na parte da frente, lateral e posterior da cabeça; edemas no encéfalo; grande quantidade de sangue no abdômen; contusão no rim à direita; trauma com contusão pulmonar; laceração hepática (no fígado); e hemorragia retroperitoneal.
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