Operação da PF investiga desvio de dinheiro para tratamento de covid-19
Foi deflagrada hoje a Operação Contágio da Polícia Federal, que visa investigar desvios de dinheiro público destinados para o tratamento da covid-19. Em São Paulo, os municípios de Hortolândia, Embu das Artes e Itapecerica da Serra estão sob análise.
A operação começou a ser montada após um contrato com uma organização social levantar suspeitas da CGU (Controladoria Geral da União). A instituição não possuía capacidade técnica e, mesmo assim, fechou contrato de mais de R$ 100 milhões com os municípios paulistas. Alguns dos acordos tinham caráter emergencial para atender pessoas infectadas com o novo coronavírus.
A investigação averiguou que a organização pertence a um veterinário recém-formado e que reside longe dos locais em que os contratos foram firmados. Segundo a PF, o esquema funcionava da seguinte forma: a instituição realizava contratos com os municípios e, então, subcontratava empresas associadas, algumas criadas há poucos meses e com falta de experiência em atendimento de saúde.
Quando a organização social repassava o dinheiro para essas empresas, elas realizavam saques fracionados em uma tentativa de não chamar atenção para a farsa. Ao todo, foram sacados mais de R$ 18 milhões. Por fim, o dinheiro era transportado com a escolta armada de um guarda civil, que era sócio de uma dessas companhias.
Com isso, os participantes do esquema podem responder aos crimes de peculato, fraude à licitação, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A Polícia Federal realizou 38 mandados de busca e apreensão e outros cinco de prisão temporária. Artigos de luxo, imóveis e outros valores dos investigados estão bloqueados. A operação se estendeu também para Rio de Janeiro e Minas Gerais.
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