Topo

Esse conteúdo é antigo

Após fim de prisão domiciliar, Queiroz faz exame médico para comprar arma

Fabrício Queiroz foi preso em junho de 2020 e solto em março deste ano, quando já estava em prisão domiciliar - José Lucena/Folhapress
Fabrício Queiroz foi preso em junho de 2020 e solto em março deste ano, quando já estava em prisão domiciliar Imagem: José Lucena/Folhapress

Do UOL, em São Paulo

04/05/2021 18h45Atualizada em 04/05/2021 18h50

O policial militar reformado Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), fez uma avaliação médica recentemente na Polícia Militar com a intenção de adquirir uma arma de fogo. Em março, com o fim da prisão domiciliar sua e de sua esposa, Márcia Aguiar, Queiroz protocolou um requerimento na corporação para solicitar o porte de arma.

A informação foi confirmada ao UOL pela assessoria da PM do Rio de Janeiro. Em nota, a corporação explicou que a avaliação médica é apenas a primeira etapa do processo de análise, restando ainda a avaliação correicional — que, no caso de Queiroz, "ainda segue em curso".

Leia, na íntegra, a manifestação da PM sobre o caso:

A assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que o referido policial militar reformado [Fabrício Queiroz] protocolou um requerimento para solicitação de aquisição de arma de fogo.

A primeira etapa deste processo é a avaliação médica, que é uma verificação técnica. Mesmo com seu deferimento diante da aptidão do requerente, outras etapas fazem parte da análise, como a avaliação correicional, que, no caso do referido militar, ainda segue em curso.

Prisão de Queiroz

Queiroz foi preso em junho do ano passado, em ação conjunta dos Ministérios Públicos de São Paulo e do Rio de Janeiro. Ele foi encontrado em uma casa que pertence a Frederick Wassef, ex-advogado de Flávio Bolsonaro.

A prisão preventiva, com prazo indeterminado, foi decretada pelo juiz Flávio Itabaiana Nicolau, da 27ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.

O MP do Rio investiga suposto esquema de "rachadinha", em que servidores da Alerj (Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro) devolveriam parte de seus salários ao então deputado Flávio Bolsonaro, que exerceu mandato de 2003 a 2019. Queiroz é considerado pelo MP um dos principais articuladores do esquema. O senador e Queiroz negam irregularidades.

Em março, o UOL publicou uma série de reportagens investigativas com informações sobre contas bancárias do caso Flávio e indícios de rachadinha nos gabinetes do então deputado Jair Bolsonaro (sem partido) e do filho e vereador, Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ).