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RJ tem média de 7 mortes por dia em acidentes de trânsito na última década

Em dezembro, o surfista de ondas grandes Felipe Cesarano matou um sargento da Marinha após colidir com o carro em que o militar estava. O atleta estava sob efeito de álcool e chegou a rir durante depoimento na delegacia - Reprodução de vídeo
Em dezembro, o surfista de ondas grandes Felipe Cesarano matou um sargento da Marinha após colidir com o carro em que o militar estava. O atleta estava sob efeito de álcool e chegou a rir durante depoimento na delegacia Imagem: Reprodução de vídeo

Colaboração para o UOL

05/05/2021 15h20

A cada 24h, na última década, sete pessoas morrerem e outras 100 ficam feridas em acidentes de trânsito no estado do Rio. A informação é do ISP (Instituto de Segurança Pública).

Dados do balanço da Década de Ação pela Segurança no Trânsito, mostram que entre 2011 e 2020, 20.780 pessoas morreram em acidentes de trânsito no território fluminense. Outras 363 mil se lesionaram nas mesmas circunstâncias. Só no ano passado, quase 1.900 pessoas morreram e mais de 17 mil se feriram. Isso dá uma média de cinco mortes e 48 feridos por dia. A pesquisa feita pelo ISP faz parte da ação proposta pela ONU (Organização das Nações Unidas) e OMS (Organização Mundial da Saúde) para alertar sobre o alto número de mortos e feridos nas ruas e estradas

"Esses dados são assustadores, mas muito importantes para que a gente consiga mostrar para a população o tamanho do problema que temos no trânsito. Como diz o tema da campanha do Maio Amarelo deste ano, nós devemos praticar o respeito e, principalmente, a responsabilidade no trânsito. Mais de 20 mil pessoas perderam a vida nos últimos dez anos. Isso sem contar com os que sobreviveram, mas ficaram com alguma sequela do acidente", disse a diretora-presidente do ISP, Marcela Ortiz.

Na última década, os municípios do interior do Rio tiveram maior proporção de vítimas fatais (43,3%), enquanto a capital registrou o maior número de acidentados (46,3%). O cenário para vítimas fatais de acidentes se manteve em 2020 e o interior atingiu a maior taxa por 100 mil habitantes do estado (17,1). Na cidade do Rio, tanto na década quanto no ano de 2020, os bairros de Campo Grande, Cosmos, Inhoaíba, Santíssimo e Senador Vasconcelos ficaram em primeiro lugar no ranking dos com maior número de vítimas fatais e não fatais. Santa Cruz e Paciência aparecem em segundo lugar na lista quando se fala em maior número de mortos.

Apesar do ano passado ter apresentado um menor número de acidentados por conta do isolamento social, a região da Grande Niterói, que abrange Niterói, São Gonçalo e Maricá, registrou uma taxa de 126,3 por 100 mil habitantes, liderando o ranking fluminense. Os adultos com idades entre 30 e 59 anos foram os que mais se acidentaram, entre 2011 e 2020, tanto de forma fatal (46,0%), como não fatal (49,0%). Os homens representaram a maior parcela de mortos (78,6%).