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Madrugada deve ser mais fria em São Paulo, segundo professor da USP

Pedestres enfrentam frio intenso na região central da cidade de São Paulo. Com temperatura de 4,7ªC, a capital registrou hoje a menor mínima do ano - CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO
Pedestres enfrentam frio intenso na região central da cidade de São Paulo. Com temperatura de 4,7ªC, a capital registrou hoje a menor mínima do ano Imagem: CRIS FAGA/ESTADÃO CONTEÚDO

Colaboração para UOL

29/07/2021 18h43Atualizada em 29/07/2021 19h27

Essa madrugada deve ser ainda mais fria do que a anterior, em São Paulo. Foi o que explicou o professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP, Augusto José Pereira Filho, em entrevista ao UOL News. Segundo o meteorologista, a ocorrência de neve intensa não é um evento tão rara, mas pouco frequente no país, o último registrado foi em 2013.

"Essa madrugada vai ser a mais fria do que a anterior em razão do céu aberto, quando há o que chamamos de radioativa no espaço e isso causa resfriamento da superfície. Essa uma situação, não é rara, mas não é tão frequente. Tivemos a mais intensa em 1975, inclusive destruiu toda a plantação de café do Paraná, com uma geada negra, com temperaturas muito baixa a ponto de queimar a raiz dos cafezais. Nesse caso, não vamos ter uma temperatura tão baixa que seja capaz disso, no máximo de queimar as folhagens", explica.

A umidade do ar também tende a cair cada vez mais. "Hoje a umidade começou o dia com 80% e já estava na casa dos 45%. Tende a cair mais. Isso em São Paulo, mas em outras regiões está muito mais frio", comenta.

O professor explica que estamos em um inverno com temperaturas abaixo do normal, por conta do frio na Antártida. "Na medida em que o inverno vai avançando ela fica muito fria. Por razão do intenso frio e calor dos trópicos e região equatorial a atmosfera nessa região se desloca e produz essas massas gigantescas, que chegam até aqui inicialmente por meio das frentes frias".