Na UTI pela 2ª vez, paciente com covid canta para médicos ao ter alta; veja

Depois de ficar duas semanas internada na UTI por complicações da covid-19, uma paciente de 31 anos conseguiu reunir forçar e deixou a unidade intensiva cantando como forma de agradecimento aos profissionais de saúde. Foi a segunda experiência de Daniele Silva Roque, que foi atropelada na adolescência, em uma unidade intensiva.

"Estou muito feliz por ter vencido mais uma vez", contou ela ao UOL. Mesmo fraca, ela fez questão de cantar a música "Trem Bala", da cantora Ana Vilela, ao ser transferida da UTI para um quarto normal no Hospital São Vicente, em Jundiaí (SP), na semana passada.

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"Quando chegou o resultado positivo, dia 9 de agosto, eu estava com 55% do pulmão comprometido. Fui direto para a UTI. Tive medo de morrer, mas minha força de viver foi maior por ter meus filhos", diz Daniele, que é mãe de dois meninos.

Ela teve alta da UTI (Unidade de Terapia Intensiva) no dia 19 e ainda permaneceu em recuperação no hospital até receber alta na segunda-feira (23). Na mudança de quarto, gravou o vídeo em que canta para os médicos.

Daniela diz que escolheu essa música porque a canção fala "que a vida é passageira".

"Quis agradecer a equipe médica, os enfermeiros, a cozinha, limpeza, todos que me ajudaram a sair dali. E a minha mãe Helena, que nunca deixou de acreditar que eu venceria de novo". Além dela, o marido também testou positivo para a covid, mas ficou assintomático.

Lutando pela vida pela segunda vez

Daniele enfrentou pela segunda vez os dias de internação na UTI. Aos 13 anos, ela foi atropelada, sofreu traumatismo craniano e ficou internada no mesmo hospital. Na ocasião, ela também usou a música para se manter confiante na recuperação.

"Amo cantar. Os médicos ficaram impressionados em como sobrevivi e me recuperei. Então quando veio a covid, me vi no mesmo lugar, na UTI, lutando pela vida, que agora não era só minha, pois tenho meus filhos. Só pensava em cantar, respirar e sair dali", diz ela.

Agora, Daniele se recupera ao lado da família em casa. Diz que ainda sente um pouco de falta de ar, as pernas doem e que foi afastada do trabalho. "A dificuldade agora será financeira, mas estou feliz por estar viva".