Suspeito de matar médico no Guarujá é detido praticando outro crime

Suspeito de matar o médico infectologista Rodolfo Enrique Postigo Castro, de 60 anos, no final de julho, um jovem de 20 anos foi preso em flagrante na noite de ontem praticando roubos no bairro da Enseada, no Guarujá, litoral de São Paulo, na companhia de um comparsa.

O rapaz foi capturado por policiais militares numa região conhecida como Areião. Ele é suspeito de participação no latrocínio - roubo seguido de morte - do médico infectologista Rodolfo Enrique Postigo Castro, de 60 anos, morto a tiros na frente da família nas proximidades da praia do Perequê, também no Guarujá.

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Ao ser detido, os policiais descobriram que ele tinha um mandado de prisão temporária expedido pela morte do médico e também um mandado de prisão preventiva após ter sido acusado de atirar contra policiais militares em ação no dia 21 de agosto. Ele cabou preso em flagrante por roubo. Suspeito de participar do latrocínio, um adolescente de 17 anos já havia sido apreendido no dia 5 de agosto.

A polícia informou que, assim que foram abordados na noite de ontem, os suspeitos tentaram fugir entre as ruelas e casas da comunidade do Areião. Um deles estava de moto e, durante a perseguição, acabou colidindo contra um caminhão. Ele tentou fugir a pé, mas acabou detido.

Os policiais o reconheceram como o suspeito procurado pela morte do infectologista. Seu comparsa nos roubos conseguiu escapar.

O suspeito havia sido identificado no final de agosto como o indivíduo que disparou contra Rodolfo, médico infectologista morador de Tatuí, no interior de São Paulo, e que estava passando o dia com a família em Guarujá.

A princípio, a polícia acreditava que o autor dos disparos fosse o adolescente. Somente após a tomada de depoimento do menor e a realização de novas diligências, ficou confirmado que foi o adulto quem atirou contra a vítima. Era ele quem estava na garupa da moto e que, segundo testemunhas, incluindo a própria filha do médico, efetuou os disparos.

Por meio de nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) informou que o criminoso foi encaminhado ao DP de Guarujá, "onde mandados de prisão temporária e preventiva, referente ao latrocínio do médico e o crime contra os PMs, foram cumpridos". Ele permanecerá detido, à disposição da Justiça.

Relembre o caso

No dia 31 de julho, o infectologista passeava com a família no Guarujá quando decidiu parar em um restaurante para almoçar. Por volta das 14h30, ele e a família seguiram a pé até o píer da praia do Perequê, onde foram abordados por dois assaltantes, segundo a polícia.

Os homens roubaram uma corrente de ouro que o médico usava e o celular da filha dele, Paloma. Ela chegou a ajudar o pai a tirar a corrente, pois ele teria ficado em choque diante das ameaças da dupla. Antes de fugirem, um dos ladrões, que estava na garupa e armado, atirou duas vezes na direção do médico, mesmo sem ele ter reagido à abordagem. Um dos disparos atingiu Rodolfo no peito.

O infectologista foi socorrido por populares e levado ao pronto-socorro, no entanto ele não resistiu aos ferimentos e morreu logo após dar entrada na unidade de saúde. Depois do crime, registrado como latrocínio, os assaltantes fugiram em uma moto.

A morte do médico chocou a comunidade de Tatuí, onde ele trabalhava na linha de frente de combate à covid-19. À época, colegas de trabalho e pacientes de Rodolfo prestaram diversas homenagens nas redes sociais, lembrando passagens importantes na carreira do infectologista.