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Vídeo: Milicianos aparecem fortemente armados ameaçando grupo rival no RJ

Tatiana Campbell

Colaboração para o UOL, no Rio de Janeiro

11/11/2021 15h15Atualizada em 11/11/2021 15h15

Milicianos da zona oeste do Rio de Janeiro chefiados por Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como "Zinho", gravaram vídeos ameaçando o grupo rival comandado por Danilo Dias Lima, o Tandera. Nas imagens, gravadas após a morte de Wellington da Silva Braga, o Ecko, em junho, os milicianos, que aparecem fortemente armados com fuzis e com toucas ninjas, dizem que "vão atrás" de Tandera.

A Polícia Civil do Rio de Janeiro confirmou a veracidade das imagens, mas não soube especificar a data da gravação. Como Wellington da Silva Braga, o Ecko, morreu em junho durante uma ação policial, os vídeos foram feitos após este momento.

Em um dos vídeos, um dos milicianos fala: "Só fuzileiro naval! É o bonde do Zinho". Um comparsa complementa: "Passador de Tandera", em uma ameça de morte ao rival.

Segundo as investigações da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Zinho assumiu o poder do local em agosto. Desde então, moradores da zona oeste convivem com tiroteios, extorsões e casos de homicídio.

Em outro vídeo, segurando uma sapatilha rosa, dois milicianos aparecem zombando Tandera, dizendo que o sapato, encontrado em uma área de mata, seria dele. "Aí Tandera, estamos indo para a mata de buscar. Corre Danilo, corre que o bonde tá chegando".

Danilo Dias Lima tem, de acordo com a polícia um perfil mais violento. Ele comanda a milícia de áreas como Santa Cruz e Mangaratiba. Já Zinho, ocupa as localidades de Campo Grande, Paciência e, assim como Tandera, Santa Cruz.

No dia 16 de outubro, homens de Danilo Dias Lima atearam fogo em seis vans. Na madrugada de hoje, dois postos de combustível foram incendiados em Santa Cruz - região que é registra constantes conflitos entre os rivais.

A Polícia Civil estima que os negócios da milícia movimentem mensalmente um valor perto de R$ 10 milhões.

Em uma dos vídeos os milicianos dizem ser fuzileiros navais e outros gritavam "Caveira", que é um termo usado na Polícia Militar. O UOL procurou tanto a Marinha quanto a PM, mas ainda não teve resposta.