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Cigarro eletrônico explode na boca de músico do DF: 'Susto enorme'; veja

Jéssica Lima

Colaboração para o UOL, em Brasília

03/03/2022 10h36Atualizada em 03/03/2022 17h46

Um músico de 45 anos tomou um susto ao usar pela primeira vez um cigarro eletrônico. O objeto explodiu enquanto ele tentava dar uma tragada. Uma câmera de segurança registrou o momento em que o também chamado vape soltou faíscas pela casa de Lélio Guedes, morador de Ceilândia (DF).

O caso aconteceu dentro da casa de Lélio, em 17 de janeiro, mas o músico só divulgou as imagens agora. O objetivo é alertar outras pessoas que utilizam o cigarro eletrônico.

As imagens mostram o morador de Ceilândia tragando o cigarro eletrônico. Logo em seguida, o equipamento explode, soltando fagulhas. Assustado, ele joga o dispositivo no chão. Em entrevista ao UOL, ele relembrou o incidente e o desespero que sentiu:

Não sou fumante. Trabalho na noite e sempre via todo mundo usar o cigarro eletrônico. Virou modinha, né? Experimentei de um amigo e gostei. Escolhi do sabor menta por ser mais refrescante. Mal sabia que viraria uma cilada.

lelio - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Lélio Guedes, de 45 anos, se assustou com as faíscas da explosão do cigarro eletrônico, mas não se feriu
Imagem: Arquivo Pessoal

Guedes disse que comprou o equipamento em uma distribuidora de bebidas em Taguatinga. Deixou o cigarro eletrônico por duas semanas em cima de uma caixa de som na sala de estar da casa onde ele mora. No primeiro trago, o dispositivo explodiu.

Foi um susto enorme. Nunca imaginei que isso poderia acontecer. Depois, analisando as imagens, pude perceber o cigarro já em processo de explosão. Ele poderia ter explodido sozinho e feito minha casa pegar fogo. Ou pior: eu podia ter queimado minha garganta. Não conseguiria pedir ajuda.

lélío - Arquivo Pessoal - Arquivo Pessoal
Lélio Guedes, de 45 anos, se assustou com as faíscas da explosão do cigarro eletrônico, mas não se feriu
Imagem: Arquivo Pessoal

Agora, Guedes tenta localizar a empresa responsável por fabricar o cigarro eletrônico para abrir um processo na Justiça, mas tem dificuldades, pelo fato de ela ser estrangeira.

"A empresa precisa ser responsabilizada. Colocaram em risco a minha vida. Não quero que isso aconteça com outras pessoas como ocorreu comigo. Estou traumatizado e nunca mais vou por um cigarro eletrônico na boca", disse ele, ao UOL.

Proibição

Os dispositivos eletrônicos são constituídos, em sua maioria, por um equipamento com bateria recarregável e refis para utilização.

Desde 2003, quando foram criados, os produtos passaram por diversas gerações: os produtos descartáveis - de uso único; os produtos recarregáveis com refis líquidos (que contém em sua maioria propileno glicol, glicerina, nicotina e flavorizantes) - em sistema aberto ou fechado; os produtos de tabaco aquecido, que possuem um dispositivo eletrônico onde se acopla um refil com tabaco; os sistema "pods", que contém sais de nicotina e outras substâncias diluídas em líquido e se assemelham à pen drives, entre outros.

Apesar do crescimento na presença dos vapes no Brasil, a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar são proibidas no País, por meio da Resolução de Diretoria Colegiada da Anvisa: RDC nº 46, de 28 de agosto de 2009. Essa decisão se baseou no princípio da precaução, devido à inexistência de dados científicos que comprovassem as alegações atribuídas a esses produtos.