Alunos ilhados em Guarulhos costumam sair mais cedo em dia de chuva
Sair mais cedo para escapar de alagamentos faz parte da rotina de alunos, professores e funcionários da Escola Estadual Brigadeiro Haroldo Veloso, em Guarulhos na Região Metropolitana de São Paulo. Mas hoje a chuva caiu com tanta força que nem o esquema habitual para driblar as enchentes pode ser implementado a tempo. Cerca de 130 pessoas ficaram ilhadas na unidade por cerca de duas horas por conta da altura da água.
Funcionários da escola relatam ao UOL que estão acostumados a chamar com antecedência, quando a chuva se intensifica, os ônibus que transportam os alunos. A ideia é mandá-los para casa antes que a água os prenda na escola.
Há dias em que deixam o local uma hora antes —por volta das 17h30— para evitarem também enchentes nas ruas do entorno. Segundo funcionários, a invasão da escola pela água é um dos reflexos do transbordamento do rio Baquirivu-guaçu, que corta a região.
Hoje, os funcionários até chamaram os ônibus antes, mas a chuva veio com tanta força que não deu tempo de chegarem. Restou aos funcionários e alunos aguardar a água baixar. Uma pessoa ouvida pela reportagem relatou que boa parte dos alunos estão acostumados com a situação e, muitas vezes, a aula segue apesar do alagamento. A chuva atingiu a região na parte da tarde e, às 17h, já não era possível deixar a escola.
A água inundou o pátio e uma área de estacionamento — por estarem no segundo andar da escola, as salas de aula não foram atingidas. É lá que os alunos aguardam a chuva abaixar para irem para casa. Não houve danos à estrutura, segundo uma funcionária.
Alunos e funcionários conseguiram sair do local às 19h, quando a água baixou. O Corpo de Bombeiros atuou na ocorrência.
Lama dentro e fora da escola
À noite, com a água escoada, o pátio ficou repleto de lama. Ainda havia água parada na área do estacionamento, onde havia apenas um carro estacionado.
A lama também tomou conta da calçada da escola —em alguns pontos era inviável a caminhada. Pedestres davam a volta pelo meio da rua para conseguirem atravessar os trechos alagados.
O trânsito de ruas e avenidas da região travou. O comércio também foi afetado. Uma padaria localizada na frente da escola ficou sem qualquer cliente por causa da altura da água no fim da tarde, horário de grande movimento.
Na cidade de São Paulo, só nas duas primeiras semanas choveu o correspondente a todo o mês de março do ano passado, segundo o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura de São Paulo). Em boletim divulgado às 13h, o órgão confirmou o acúmulo de 156,4 milímetros de chuvas, o equivalente a 89,3% da média histórica de precipitações esperadas para o mês.
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