'Não quero choro': dono de bar é velado com festa ao som de Roberto Carlos
Um dono de um bar em Porto Nacional, no Tocantins, fez uma exigência curiosa para quando morresse: ser velado no próprio estabelecimento com festa e músicas do Roberto Carlos e Raul Seixas. Raimundo Nonato Fonseca, 67, mais conhecido como Estrelinha, nome que deu também ao bar, morreu na sexta-feira (3) e teve o desejo realizado por familiares e amigos nesse fim de semana antes do sepultamento.
Rodrigo Paschoal, vizinho de onde o bar fica, contou ao UOL que Estrelinha era uma figura pública na pequena cidade, e que ele era muito querido por todos. "Aos fins de semana os amigos sempre iam para lá pela manhã. Pessoal levava carne e assava ali mesmo, daí ele vendia as cervejas", falou. "Ele era sempre alegre e brincalhão".
Em vídeo antigo em que está acompanhado de clientes do bar, Estrelinha diz que quer ser velado ali e que não quer ninguém triste. "Eu quero ser velado aqui, nesse bar. Quero ser velado na minha empresa. Não quero ninguém chorando, [quero] todo mundo bebendo, farreando, músicas de Roberto Carlos e Raul Seixas".
O dono do bar também exige a música "O Dia em que a Terra Parou", de Raul Seixas. Se referindo a si mesmo, ele diz que no dia em que morrer, "a terra vai parar".
Na sexta-feira, o bar não foi aberto e os filhos foram checar para ver se estava tudo certo. Ao chegarem lá, viram o pai morto, dentro do bar, devido a um infarto. Por trabalhar sozinho, ninguém conseguiu acudir Estrelinha quando o incidente aconteceu.
Quem estava na celebração publicou os registros do momento, mostrando o local lotado e muita música, inclusive com um brinde ao Estrelinha.
Paschoal afirmou que a festa durou todo o sábado (4) e se estenteu até ontem pela manhã, quando "ainda tinha muita gente lá", segundo ele. O corpo foi sepultado ontem.
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