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Caso Henry Borel: presidente do STJ mantém prisão de Monique Medeiros

Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, durante audiência no TJRJ - JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO
Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel, durante audiência no TJRJ Imagem: JOAO GABRIEL ALVES/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

08/07/2022 20h50Atualizada em 08/07/2022 20h51

O presidente do STJ (Superior Tribunal de Justiça), Humberto Martins, manteve a prisão preventiva de Monique Medeiros, acusada de ter matado o próprio filho, Henry Borel, no ano passado, no Rio de Janeiro.

A defesa pediu a prisão fosse substituída por outras medidas cautelares ou transferida para uma unidade prisional do Corpo de Bombeiros ou da Polícia Militar do Rio de Janeiro.

Para Humberto Martins, a Justiça do Rio já havia fundamentado o restabelecimento da prisão, portanto, não existem motivos que justificassem aceitar o pedido da defesa.

Monique Medeiros foi denunciada pelo Ministério Público por ter se omitido ao permitir que seu marido, o ex-vereador Jairo Souza, conhecido como Dr. Jairinho, agredisse o filho, o que teria resultado na morte da criança. Jairinho também é réu e responde pelo homicídio do enteado.

Em abril de 2022, a 2ª Vara Criminal do Rio permitiu que Monique fosse solta e ficasse em prisão domiciliar. Mas o TJRJ (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro) restabeleceu sua prisão preventiva.

Relembre o caso

Os laudos periciais apontam 23 lesões no corpo do menino, e que Henry morreu em decorrência de hemorragia interna e laceração no fígado causada por ação contundente.

O casal foi preso em 8 de abril de 2021. Em 6 de maio do ano passado, o MP-RJ (Ministério Público do Rio de Janeiro) denunciou Jairinho por homicídio triplamente qualificado, tortura e coação de testemunha. Já Monique foi denunciada pelos crimes de homicídio triplamente qualificado na forma omissiva, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha.

"O crime de homicídio foi cometido por motivo torpe, eis que o denunciado decidiu ceifar a vida da vítima em virtude de acreditar que a criança atrapalhava a relação dele com a mãe de Henry", afirmou o promotor de Justiça Marcos Kac, no texto da denúncia.