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Censo 2022: como identificar o funcionário e que perguntas serão feitas?

Veja como reconhecer os funcionários do IBGE e quais perguntas responder - IBGE
Veja como reconhecer os funcionários do IBGE e quais perguntas responder Imagem: IBGE

Luciana Cavalcante

Colaboração para o UOL

02/08/2022 04h00

Começou nesta segunda-feira (1º) a coleta domiciliar de informações para o Censo Demográfico 2022. Durante três meses, 183 mil recenseadores visitarão 89 milhões de endereços, nos 5.570 municípios brasileiros.

As informações são fundamentais para compor o banco de dados oficiais do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que identifica e mostra como vivem todos os residentes do Brasil e é usado para nortear políticas públicas para a população.

A coleta de informações é realizada a cada 10 anos e estava agendada para 2020, mas foi adiada por conta da pandemia de covid-19.

Você pode optar por responder a pesquisa de três formas:

  • diretamente a um dos recenseadores que visitam a sua casa
  • por email
  • numa ligação telefônica

Nas duas últimas opções, basta informar ao recenseador a sua escolha e fornecer a ele seu email ou telefone de contato.

No caso do email, o morador receberá um link com as perguntas, que podem ser respondidas em até sete dias.

Veja abaixo algumas das principais dúvidas sobre o Censo 2022:

Como identificar um recenseador?

Os recenseadores podem ser identificados pelo uniforme, composto por colete, bolsa e boné azuis com a logomarca do IBGE em amarelo. Eles usam um aparelho de coleta de dados e usam um crachá com nome, número da matrícula e número do documento de identidade.

Este ano, o crachá também traz um QR-Code para ajudar nessa identificação.

Para confirmar a identidade do recenseador, basta aproximar o celular do código, usando a câmera do celular, que você será direcionado a um link específico onde poderá digitar os dados que constam no crachá e comprovar se ele é funcionário do IBGE.

Há ainda um telefone para ajudar na identificação dos pesquisadores: 0800 721 8181.

Que perguntas eles farão?

Serão aplicados dois tipos de questionário:

  • básico: com 26 perguntas, que levam cerca de 5 minutos para ser respondidas
  • ampliado: com 77 perguntas, que levam 16 minutos para as respostas

Todo mundo vai responder o formulário básico, mas 11% dos domicílios brasileiros receberão questionamentos sobre mais assuntos. A amostra foi selecionada aleatoriamente em municípios com população grande, como as capitais, e equivale a 5% da população da cidade escolhida.

São 26 perguntas sobre identidade, características dos domicílios e rendimento do responsável pelo domicílio:

Por exemplo: quantos moram ali e quem são (sexo, idade, cor ou raça)? O domicílio possui coleta de lixo? Qual o tipo de esgotamento sanitário? É próprio ou alugado? Quantos cômodos, banheiros e dormitórios tem?

Há ainda uma pergunta sobre educação: se sabe ler ou escrever?

No ampliado, há perguntas mais específicas sobre educação, mercado de trabalho, migração, deficiências físicas, etc.

Por exemplo: está estudando? Qual o nível de escolaridade, quantos anos de estudo, qual o nível de ensino estudado? Tem mais de uma formação acadêmica?

Há também questões sobre mercado de trabalho para identificar se os moradores estão procurando emprego ou empregados. Se empregados, em que tipo de ocupação, quantas horas trabalhadas e qual o rendimento?

O Censo também vai questionar sobre deslocamento entre o domicílio e o trabalho, dados sobre fecundidade e migração.

O que mudou de um censo para o outro?

Nesta edição haverá um levantamento inédito sobre a presença de população quilombola no Brasil, além de uma coleta de dados da presença de população com diagnóstico de autismo.

"Essa aferição quilombola em todo território nacional é uma demanda importante para se gerar informações que possam contribuir para a visibilidade dessa população, que necessita de políticas públicas. Assim como no caso das pessoas com diagnóstico de autismo. Até então, só tínhamos a pesquisa nacional de saúde, com duas edições em 2012 e 2018, com esse tema, mas era um levantamente bem menor", explica Luís Cláudio Martins, coordenador técnico do Censo no Pará.

Outra novidade é a ampliação de perguntas sobre mortalidade nos domicílios, atualizada por conta da pandemia de covid-19.

Em 2022, o questionamento sobre a mortalidade ocorrida em domicílio foi ampliado de dois para três anos, por conta da pandemia, para captar informações que possam apontar a influência da pandemia na mortalidade no país.

O que pode e o que não pode durante a visita

Os recenseadores devem aplicar o questionário de uma maneira técnica e objetiva, e não podem exercer qualquer outra atividade durante a coleta de dados.

"É proibido vender qualquer produto, fazer propaganda política ou perguntas que não cabem ou não constam no questionário do censo. Evidentemente que temos um povo muito cordial, mas os recenseadores têm um treinamento focado na objetividade da captação de dados', afirma Martins.