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SP fica coberta por nevoeiro cinza e moradores citam cheiro de queimado

Meteorologistas do Climatempo não descartam que queimadas da Amazônia sejam motivo da fumaça - Reprodução/TV Globo
Meteorologistas do Climatempo não descartam que queimadas da Amazônia sejam motivo da fumaça Imagem: Reprodução/TV Globo

Do UOL, em São Paulo

09/09/2022 11h21Atualizada em 09/09/2022 12h09

São Paulo amanheceu com o céu coberto por um nevoeiro cinza e moradores relataram nas redes sociais cheiro de queimado por diferentes regiões da capital.

Ao UOL, a Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) informou que está apurando a situação, mas mapas em tempo real mostram áreas com a qualidade do ar piorando em relação aos dois últimos dias, passando de "bom" para "moderado" e "ruim" — o índice ainda tem as categorias "muito ruim" e "péssimo", mas nenhuma região aponta esta situação até as 10h de hoje.

A explicação pode estar nas queimadas que vem ocorrendo com grande intensidade na Amazônia, além do fato de os últimos dois dias terem sido secos na capital. A poluição de carros e da indústria podem contribuir para o nevoeiro.

Fabiene Casamento, meteorologista do Climatempo, explica que esse fenômeno não ocorre só aqui em São Paulo, mas também em parte da região Sul do Brasil.

"A parte Sudeste e Sul do país tem registros de fumaça, oriundos das queimadas no Amazonas", afirmou ela.

O Climatempo alertou ontem para a chegada da fumaça das queimadas na Amazônia pelo Brasil. Além disso, há chances de influência na coloração do céu, com o pôr do sol ficando mais rosado.

A Divisão de Qualidade do Ar da Cetesb afirmou que "está fazendo uma apuração detalhada dos dados das estações de monitoramento da qualidade do ar" pela capital.

Desmatamento na Amazônia

Segundo o Observatório do Clima, a área queimada na Amazônia foi a 2ª maior em uma década e número de focos de fogo é o maior desde 2010. A área de alertas de desmatamento na Amazônia cresceu 81% em agosto em relação ao mesmo mês do ano passado.

Com 1.661 quilômetros quadrados de desmatamento registrados pelo Inpe, este foi o segundo pior agosto da série histórica, quase empatado com 2019, que registrou 1.714 quilômetros quadrados.