Inspeção não identifica dano após colisão, e ponte Rio-Niterói é liberada
Avaliação preliminar feita pela concessionária Ecoponte, responsável pela ponte Rio-Niterói (Presidente Costa e Silva), não identificou "comprometimento da estrutura da via" após o acidente de ontem envolvendo a embarcação São Luiz.
Até 10h desta terça, apenas uma faixa (em direção ao Rio) estava fechada para o término dos reparos. Por volta das 10h50, o Centro de Operações da Prefeitura do Rio confirmou que a liberação total da via nos dois sentidos.
O veículo de transporte aquático colidiu com a estrutura da ponte, na altura do km 309, o que provocou um forte impacto (vídeos gravados por motoristas que atravessavam a via no momento da acidente mostram a força da batida).
Engenheiros da Ecoponte realizaram hoje uma nova vistoria para confirmar os resultados preliminares.
Noite de forte ventania. Ontem, o trânsito na ponte foi completamente interrompido depois que a embarcação desancorada se chocou com a estrutura durante noite de forte ventania no Rio de Janeiro.
Ontem mesmo, o prefeito Eduardo Paes (PSD) já havia informado que "uma equipe técnica vistoriou os pilares 71, 72 e 73 e não detectou avaria na estrutura" e que avaliações nos aparelhos de apoio indicavam danos de pequena monta.
Vídeo mostra impacto
Um vídeo gravado por um motorista de um carro que cruzava a ponte mostrou o momento que a embarcação atingiu a estrutura. A embarcação foi retirada do local com ajuda de rebocadores.
Em nota, a Marinha do Brasil afirmou que abriu um inquérito sobre Acidentes e fatos de Navegação (IAFN) para apurar as causas, circunstâncias e responsabilidade do acidente. Segundo a instituição, "a embarcação teve sua amarra partida e se deslocou do local onde se encontrava fundeada durante uma noite de condições climáticas extremas".
Ainda segundo a Marinha, a embarcação é objeto de processo judicial e permanecia fundeada em local predefinido pela Autoridade marítima, na Baía de Guanabara, desde fevereiros de 2016 sem oferecer riscos à navegação. A embarcação foi conduzida para atracação no porto do Rio de Janeiro.
Para o movimento Baía Viva, que acompanha os impactos ambientais na região, o desastre não foi uma surpresa tendo em vista o número de embarcações abandonas.
"Esse navio está fundeado e abandonado há seis anos. Até hoje não existe um inventário do número de embarcações que estão na Baía de Guanabara. Já se divulgou que seriam de 150 a 250, a maior concentração desse sistema de embarcações abandonadas no canal de São Lourenço em Niterói que provocam contaminação da vida marinha, problemas na navegação, impactos sobre a pesca e aumento da taxa de assoreamento naquele trecho", disse Sérgio Ricardo ao UOL.
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