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PF prende homem apontado como mandante do assassinato de promotor paraguaio

Procurador paraguaio Marcelo Pecci - Divulgação
Procurador paraguaio Marcelo Pecci Imagem: Divulgação

Do UOL, em São Paulo

10/02/2023 07h38Atualizada em 10/02/2023 08h58

A Polícia Federal prendeu ontem no Rio o homem apontado como mandante do assassinato do promotor paraguaio Marcelo Pecci. Ele foi morto a tiros em maio de 2022 durante sua lua de mel na Colômbia.

A PF diz ter encontrado o homem —cuja identidade não foi revelada— no Recreio dos Bandeirantes. Ele foi detido com a ajuda da Polícia Civil do Rio.

Foragido internacional, ele era procurado pela Justiça do Paraguai e pela Interpol. É acusado de crimes como tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, segundo a PF.

Ele permanece preso na Superintendência da PF no RJ até ser trasladado para o Sistema Penitenciário, aguardando o julgamento do processo de extradição."
PF, em nota

Seis suspeitos de participarem do crime já foram presos. Quatro deles confessaram o assassinato e foram condenados a 23 anos de prisão cada um.

O último foi o venezuelano Gabriel Carlos Luis Salinas Mendoza, preso em janeiro. Ele é acusado de dirigir o jet ski em que viajava o homem que matou o promotor de 45 anos.

marcelo pecci - GETTY IMAGES - GETTY IMAGES
Marcelo Pecci foi morto na Colômbia, onde passava a lua de mel
Imagem: GETTY IMAGES

Pecci morreu a tiros ao ser vítima de uma emboscada em Cartagena, no litoral Colômbia. O crime ocorreu no dia 10 de maio do ano passado, quando passava a lua de mel com a esposa, a jornalista Claudia Aguilera.

Ele foi atacado por homens que desembarcaram de jet ski atirando. Pecci descansava na praia, segundo o hotel onde o promotor estava hospedado.

Os Estados Unidos chegaram a oferecer 5 milhões de dólares para quem fornecesse informações sobre o crime.

A Procuradoria-Geral da Colômbia atribuiu o crime ao PCC após a prisão de quatro dos cinco suspeitos. A investigação ligou o assassinato à organização criminosa brasileira porque Pecci liderou a operação "Zootopia", que desmontou parte da estrutura do PCC no Paraguai em 2017.

O promotor também atuava em investigações de mortes atribuídas ao PCC na fronteira paraguaia com Mato Grosso do Sul.