Bolsonarista que esmurrou mulher em briga política terá que indenizá-la

A Justiça de São Paulo mandou um bolsonarista indenizar uma mulher em R$ 20 mil por agredi-la durante uma briga política em um show na cidade de Pederneiras (SP).
O que aconteceu:
O Foro de Pederneiras entendeu que Adilson Hélio de Campos agiu de forma "absolutamente ilícita" e com conduta "reprovável e odiosa". Ele não deu "qualquer chance de defesa à vítima", apontou o juiz Fauler Felix de Avila.
Adilson e a família dele ficaram irritados após a banda que tocava no local fazer uma crítica ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e comemorar a derrota dele para Lula (PT), em novembro de 2022.
A mulher relatou que o homem foi tentar agredir um membro da banda, quando ela entrou na frente para evitar que um idoso fosse atingido. A vítima levou um soco no lado esquerdo do rosto e desfaleceu.
O homem disse à justiça que a mulher tentou agredi-lo e deu um tapa em seu lábio, revidando com um soco. Ele ainda colocou a culpa na mulher. A justiça desconsiderou os argumentos já que testemunhas indicaram que a vítima não tentou nada contra Adilson.
A vítima ficou com uma cicatriz no rosto em razão da agressão.
Ao UOL, o advogado de Adilson, Emílio Carlos Canelada Zampieri, disse que "não tem autorização do meu cliente para conversar com a imprensa sobre o assunto".
A Justiça pediu à corporação da Polícia Militar que instaure procedimento administrativo para identificar e apurar a suposta conduta irregular por parte dos policiais que atenderam à ocorrência por "aparente condescendência" e omissão.
Ao revés, a autora, sim, de forma irretorquível, suportou agressão brutal e desmedida do réu, que, na realidade, parecia estar em um ringue, e, posto que não estivesse sofrendo qualquer tipo de agressão física (na contramão do que alegou), agia dominado por clara e raivosa animosidade, distribuindo pancadas e golpes em inúmeras pessoas que estavam presentes naquele recinto. Tanto é verdade que o réu golpeou, de inopino, a mulher indefesa, e, ainda, de forma absolutamente desleal, isso porque basta comparar a sua compleição física com a da autora."
Fauler Felix de Ávila, juiz
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