Mãe de menina raptada em mala sobre busca por filha: 'Meu chão se perdeu'
A mãe da criança de 12 anos sequestrada e dopada pelo servidor público Daniel Moraes Bitta contou detalhes sobre o crime ocorrido no Distrito Federal, em entrevista à TV Record.
O que ela disse:
A mulher afirmou que soube do desaparecimento da filha no fim da tarde desta quarta-feira (28). "Quando deu 17h40, meu marido chegou do serviço, entrou em contato comigo, perguntou onde minha filha estava. Aí meu chão se perdeu totalmente, todos entramos em pânico."
As primeiras informações sobre o paradeiro da filha foram colhidas com amigos da escola. "Nos contaram que, quando ela tava chegando na escola, passou um carro preto, botaram uma faca no pescoço dela, a cobriram com um pano e a levaram para esse lugar, que era horroroso, apavorante."
Os detalhes do veículo do sequestrador foram obtidos por meio de imagens da câmera de segurança de uma residência próxima à escola.
O tio da vítima, que é policial militar, foi quem conduziu as buscas por rastreamento do automóvel, localizado na Asa Norte de Brasília. "Quando eu estava registrando a ocorrência, meu cunhado me mandou fotos do carro estacionado. Foi quando ele falou 'não vamos esperar mandado, senão ele vai matar a menina'".
A criança foi encontrada algemada e com escoriações no braço e, por isso, foi levada a um hospital e será acompanhada por médicos nos próximos dias. "O sufoco que ela passou foi uma situação horrível, angustiante, fiquei sem chão. Se não fossem eles [a polícia] a minha filha não estaria viva. Ela está bem, está sendo medicada. Os profissionais de saúde se sensibilizaram com o caso dela e estão dando o suporte que ela merece."
O crime
Câmeras de segurança flagraram Daniel Moraes Bittar transportando a vítima dentro de uma mala para o seu apartamento, na Asa Norte de Brasília. Ele foi preso, em flagrante, por volta das 23h30 de ontem, informou a Polícia Militar ao UOL.
A vítima foi achada seminua em uma cama, com diversas escoriações pelo corpo e algemada pelos pés. Ela relatou que o homem usou uma faca para rendê-la, no entorno do Distrito Federal, e que uma mulher teria colocado um pano com uma substância para dopá-la.
Quando a vítima acordou, já estava na casa do suspeito, onde foram encontradas ainda máquinas de choque, câmeras fotográficas, objetos sexuais e materiais pornográficos. Os policiais encontraram também uma estufa para produção de maconha e um galão com clorofórmio.
Daniel Moraes Bittar era servidor do Banco de Brasília (BRB), mas foi demitido após a prisão e repercussão do caso. A instituição confirmou a demissão à reportagem. "O BRB informa que o vínculo empregatício do acusado foi encerrado a partir do momento em que a instituição tomou conhecimento dos fatos. O Banco não tolera condutas que ferem valores inegociáveis como o respeito à infância e repudia qualquer tipo de assédio, em especial o sexual e contra menor de idade."
A polícia suspeita que o homem tenha gravado o estupro. Os equipamentos eletrônicos foram apreendidos e passarão por perícia.
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