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Caso Marielle: Élcio vai receber benefícios, mas continuará preso, diz Dino

O ex-PM Élcio Queiroz, suspeito da morte de Marielle Franco e Anderson Gomes; Ministério da Justiça informou hoje que ele fez acordo de delação premiada Imagem: REGINALDO PIMENTA/AGÊNCIA O DIA/AGÊNCIA O DIA/ESTADÃO CONTEÚDO

Do UOL, em São Paulo

24/07/2023 11h35Atualizada em 24/07/2023 14h57

O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou hoje que, mesmo com delação premiada, Élcio de Queiroz vai seguir preso em regime fechado. O ex-policial militar confessou à Polícia Federal que participou do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, em 2018.

O que ele disse

Termos da delação premiada estão sob sigilo, mas Élcio segue preso em regime fechado. Ele e o colega Ronnie Lessa, apontado como autor dos tiros, foram detidos em 2019.

Dino afirmou que, conforme prevê a lei, Élcio receberá benefícios pela delação premiada, mas não deu detalhes de quais serão esses benefícios.

Segundo Dino, delação é "sensível" e "envolve pessoas com notória periculosidade", motivos pelos quais vai permanecer em segredo até a conclusão das operações.

Élcio confessou participação na morte de Marielle. Aos agentes, ele disse ter dirigido o carro e que Lessa fez os disparos. O ex-bombeiro Maxwell Corrêa, preso hoje, monitorou a vereadora antes da execução e ajudou a encobertar a autoria, segundo o ministro.

Há outros envolvidos que ainda serão revelados. "Sem dúvida há participação de outras pessoas, que indicam forte vinculação com a atuação das milícias e do crime organizado no Rio", disse Dino.

"Ronnie, Élcio e Maxwell participam de um conjunto relacionado a essas organizações criminosas e milicianas que atuam no Rio de Janeiro", continuou o ministro.

A PF deflagrou nesta manhã a operação Élpis, com um mandado de prisão preventiva e sete de busca e apreensão no Rio de Janeiro. O ex-bombeiro Maxwell Simões Correa foi preso. A corporação ainda não confirmou os nomes dos outros alvos.

Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram mortos a tiros em 14 de março de 2018, no bairro do Estácio, no Centro do Rio.

O ex-PM Élcio de Queiroz foi convencido a fazer a delação premiada após desconfiar de Ronnie Lessa. "O convencimento do Élcio foi porque o Ronnie garantiu que não tinha feito pesquisa por Marielle e isso gerou uma desconfiança por parte de Élcio", afirmou Jaime Cândido, delegado da PF.

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