Maeirovitch: Delação revoluciona provas ao confirmar existência de mandante

O colunista do UOL Wálter Maierovitch afirmou durante sua participação no UOL News desta terça-feira (25), que a delação de Élcio de Queiroz sobre o assassinato de Marielle Franco revoluciona as provas do caso ao confirmar a existência de um mandante.

Essa delação trouxe novidades, e uma muito importante. Pelo relatado, aparece a figura de um sujeito apelidado de Macalé, ex-sargento da Polícia Militar, e que foi designado para contratar um grupo de matadores. Isso está a indicar um interesse, ou seja, existe a figura do mandante.

Maierovitch afirmou que essa nova informação faz com que as investigações não parem em Ronnie Lessa e no próprio Élcio de Queiroz.

Tem uma dimensão muito maior, qual seja, existem mandantes. E se a gente buscar, e a polícia vai nessa linha, encontrar os mandantes, nós vamos saber o porquê. Essa delação é muito importante e traz uma revolução no campo das provas.

Chico Alves: Witzel diz que investigação de porteiro de Bolsonaro foi coação

O colunista do UOL Chico Alves afirmou que o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel acredita que a investigação do porteiro do condomínio de Jair Bolsonaro no caso Marielle foi coação. Um dos casos obscuros sobre o assassinato é a mudança repentina no depoimento do porteiro do condomínio onde moram Ronie Lessa, apontado como o autos dos disparos, e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Na primeira vez que falou à polícia, o homem disse que, no dia do crime, Élcio de Queiroz, foi à portaria e pediu para interfonar ao número 58, casa de Bolsonaro, e que "seu Jair" teria autorizado a entrada. Depois, em depoimento à Polícia Federal, ele disse que se enganou.

Witzel conversou comigo e disse que esse procedimento do ministro da Justiça e da PGR podem ser considerados como coação, segundo ele. Concordo com isso. Ele diz que para que esse episódio fosse totalmente esclarecido, seria o ideal que Augusto Aras fosse afastado da PGR, já que ele estava lá, participou dessa coação e continua no cargo.

Maierovitch: Problema de Dallagnol e de Moro foi não manter os limites da delação

O colunista Wálter Maierovitch também comentou à respeito das postagens do ex-ministro e atual senador, Sergio Moro, e do ex-deputado federal Deltan Dallagnol a respeito da delação premiada de Élcio de Queiroz. Os dois ironizaram o uso de delação premiada, já que o mesmo recurso foi bastante criticado quando utilizado na Operação Lava-Jato.

Essa história do Dallagnol e do Moro no sentido de, "olha, agora estão achando importante". Não, [a delação] é importante desde o século 19, quando foi exposta. Isso foi adotado em várias legislações. O problema de Dallagnol e Moro é outro, é não saber fazer e não ter os limites da delação.

"A delação é um contrato e ele vai ser premiado, o chamado direito premiar", finalizou.

Chico: Moro e Dallagnol só entram em discussão pública para falar bobagem

Chico Alves também comentou as falas recentes de Sergio Moro e Deltan Dallagnol. O colunista criticou os dois e afirmou que a obsessão da vida deles é tentar validar o que fizeram durante a Lava Jato.

O ex-juiz Sergio Moro e o ex-procurador Dallagnol ultimamente só entram em discussão pública para falar bobagem. Infelizmente, é essa constatação que a gente tem que ter. A obsessão da vida deles é tentar defender todos os desmandos e barbeiragens que fizeram contra o devido processo legal quando estava na Lava Jato.

"Todos os assuntos, seja a apuração do assassinato da Marielle ou qualquer outro, eles puxam alguma comparação com o trabalho deles na Lava Jato, e sempre de forma inadequada, de forma errada", completou.

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