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Tiro que matou menina cigana foi acidental, diz pai de suspeito apreendido

O pai do adolescente apreendido por suspeita de matar a menina Hyara Flor em Guaratinga (BA) afirmou que o tiro foi acidental e que o irmão mais novo do suspeito foi quem disparou a arma.

O que aconteceu?

O suspeito, identificado somente como "Amorim" pela família da vítima, afirmou que estava aliviado pela apreensão do adolescente pela Polícia Federal.

Ele disse que era "perseguido" pela família de Hyara e que temia pela própria vida.

Eu não me apresentei antes com medo dele me matar, eu e meus filhos. Nas redes sociais ele estava só contando a versão dele.

O que aconteceu foi que meu filho, cunhado de Hyara, brincando com a arma fez um disparo acidental. Não é do jeito que eçle está falando não. Eu amo a minha nora Hyara, é como uma filha minha. Eles estão me julgando pelo lado errado.
Pai de suspeito preso, em publicação nas redes sociais

O adolescente suspeito do crime foi apreendido ontem no Espírito Santo. Ele foi encaminhado à Delegacia Especializada do Adolescente em Conflito com a Lei e cumprirá internação provisória por 45 dias.

O crime

Hyara foi baleada na noite de 6 de julho. A jovem chegou a ser levada ao Hospital Maternidade Joana Moura, no centro da cidade, mas não resistiu aos ferimentos e morreu no local.

Os acompanhantes da jovem disseram no hospital que os tiros foram acidentais, mas funcionários do local viram indícios do crime e chamaram a Polícia Militar. A versão inicial foi que Hyara foi atingida quando limpava uma pistola.

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A família de Hyara acredita que um caso extraconjugal entre Ricardo Silva Alves, tio paterno dela, e a sogra da garota tenha motivado uma possível vingança que culminou no assassinato. Ele admitiu que vivia um romance com a sogra da garota havia seis anos. A declaração foi veiculada pelo jornal O Globo.

Ricardo diz ter sido ameaçado de morte "com seis tiros na cara" ainda no início da relação, quando o cônjuge da parceira teria descoberto o caso, segundo O Globo. Ele também afirmou que a relação seria de conhecimento da comunidade cigana de Guaratinga, onde ocorreu o crime, e que a parceira o presenteava com artigos caros para não pôr fim à relação.

O tio da vítima alegou que supostamente não conseguia terminar o relacionamento, e que a mulher já teria tentado se suicidar após tentativas de separação. "Era uma situação muito complicada", afirmou, completando que nunca imaginou que a sobrinha pudesse ser vítima por essa razão.

Os encontros escondidos ocorriam na cidade de Eunápolis (BA), onde a parceira dizia encomendar roupas a uma costureira. "Todo mundo desconfiava. Eu tentava não deixar na cara, mas [ela] não conseguia. Ela me dizia que o marido batia muito nela".

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