Mais de 40 h: cães auxiliam busca por vítima em explosão com 8 mortes no PR
Mais de 50 bombeiros participam das buscas com auxílio de cães farejadores que já duram mais de 40 horas pela vítima soterrada após a explosão da última quarta-feira (26) na cooperativa agroindustrial C. Vale, que matou oito trabalhadores e feriu outros 11 em Palotina, no interior do Paraná.
O que está acontecendo
Os cães farejadores identificaram o local onde está a vítima, um trabalhador haitiano. Mas os bombeiros ainda têm dificuldades em acessar o local, onde eram armazenadas 12 mil toneladas de soja e outras 40 mil toneladas de milho.
O Corpo de Bombeiros ainda trabalha com a hipótese de encontrar o trabalhador haitiano com vida. Isso só seria possível caso a vítima tenha ficado em um bolsão de ar no meio dos escombros.
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A principal dificuldade em meio às buscas é a grande quantidade de milho no local da explosão, segundo o Corpo de Bombeiros. A vítima estava em um túnel quando houve a explosão.
Estamos encontrando dificuldade para acessar o local indicado pelos cães farejadores por conta do grande volume de carga. Houve um grande deslocamento de massa com a explosão. As chances de encontrar a vítima com vida diminuem a cada minuto. Mas a gente tenta manter o pensamento positivo."
Major Tiago Zajac, subcomandante do Corpo de Bombeiros
O que se sabe sobre o caso
A Polícia Civil do Paraná identificou sete haitianos e um brasileiro entre as vítimas da explosão. São eles: Reginald Gefrard, 30, Jean Ronald Calix, 27, Michelete Louis, 41, Jean Michele Joseph, 29, Eugenio Metelus, 53, Donald St Cyr, 27, Wicken Celestin, 55, e o brasileiro Saulo da Rocha Batista, 54.
O corpo do brasileiro Saulo da Rocha Batista será sepultado hoje. A vítima, que trabalhava como assistente operacional na C. Vale desde agosto de 2006, deixou a esposa e um filho de 27 anos. Os corpos das outras vítimas ainda não foram liberados pelo IML.
Funcionários da cooperativa estavam fazendo a manutenção na estrutura quando ocorreu a explosão. Durante o resgate, foi necessário fazer o escoramento da estrutura para ingressar com segurança e procurar os desaparecidos, já que o silo ameaçava ruir, de acordo com o Corpo de Bombeiros.